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Como está o mercado de tomate de mesa no Brasil?

Durante dois dias, mais de 200 profissionais participaram do 8º Seminário Nacional de Tomate de Mesa em Goiânia (GO), que trouxe palestras, cursos e feira de exposições sobre o tema

Crédito: Divulgação

Os principais representantes da cadeia produtiva do tomate de mesa do País compartilharam informações sobre os avanços, as tendências e os desafios do setor durante os dias 24 e 25 de setembro, no 8º Seminário Nacional de Tomate de Mesa (8º SNTM), em Goiânia (GO).

Idealizado pela Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), em parceria com a Win Eventos, o encontro teve como objetivo prospectar, fomentar, inovar os negócios e promover networking entre os participantes, a fim de fomentar ainda mais a produção e a comercialização da hortaliça no país.

“Nós, da ABCSEM, temos uma responsabilidade muito grande, que é a de defender os interesses de toda cadeia hortícola e, em especial, dos tomaticultores, lutando por melhores condições de financiamento, incentivos fiscais ao campo, pela maior participação e envolvimento do setor, e com isso alavancar cada vez mais os negócios do segmento, sendo que seminários como este são de vital importância para trocarmos ideias, encontrarmos soluções e juntos fomentarmos o nosso produto na mesa dos brasileiros”, destacou Edmilson Luiz Bagattini, vice-presidente da ABCSEM, durante a abertura do evento.

Dentre os principais temas debatidos na oportunidade, destacam-se: “A Evolução do Mercado de Tomate de Mesa no Brasil quanto produção, distribuição e consumo; nutrição; controle fitossanitário; legislação, rastreabilidade, cultivo protegido, fertilização, gestão de negócios, etc.

Além das palestras, debates e cursos apresentados na ocasião, o evento contou também com uma feira de exposições, na qual empresas do setor puderam apresentar seus serviços e produtos voltados para a tomaticultura.

Panorama do mercado

Atualmente, a cultura do tomate é a responsável pelo maior volume de produção dentro da horticultura brasileira, sendo o Estado de Goiás uma referência nacional no cultivo e o principal polo de produção nacional da cultura. Segundo Bagattini, “só em 2018, no Brasil, foram cultivados mais de 43 mil hectares de tomate de mesa, movimentando uma cifra anual no varejo superior a R$ 9 bilhões”.

Contudo, o executivo observa que o consumo no País ainda é bastante incipiente, sendo, por isso, um mercado cheio de oportunidades para o crescimento. “Os brasileiros consomem apenas 27 kg de hortaliças per capita, enquanto outros países consomem bem mais. Na Itália, o consumo é de 157,7 kg, nos Estados Unidos a média é de 98,5 kg e em Israel gira em torno de 73,0 kg”, enumera.

Além da necessidade de um maior incentivo ao consumo no país, outros requisitos fundamentais para impulsionar ainda mais o crescimento deste mercado no Brasil, ao longo dos próximos anos, são o maior uso de híbridos a campo; cultivo protegido; maior agregação de valor aos produtos; emprego de novas tecnologias a campo; rastreabilidade; dentre muito outros.

De acordo com Marcelo Pacotte, Diretor Executivo da ABCSEM, “pelo seu tamanho, há uma grande competitividade neste mercado, o que tem exigido a constante atualização dos produtores quanto a novas práticas e tendências do setor, a fim de obterem uma maior eficiência na produção e na comercialização de seus produtos. Por isso, o objetivo da ABCSEM com este seminário, realizado já há oito anos, é o de potencializar os negócios do setor, por meio da disseminação de conhecimento atualizado sobre a cultura e das possibilidades de novos vínculos comerciais entre todos os agentes da cadeia do tomate de mesa. Neste ano, realizamos mais uma edição de grande sucesso, que certamente atendeu as expectativas do público presente”, conclui.

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