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sábado, setembro 21, 2024
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Champignon: Os desafios impostos à atividade

Autor

Diego Cunha Zied
Doutor e professor – Universidade Estadual Paulista (UNESP), Centro de Estudos de Cogumelos (CECOG), campus de Dracena
dczied@gmail.com
Crédito: Pixabay

O cultivo de cogumelos no Brasil é chamado de “fungicultura”, termo esse frequentemente desconhecido entre o meio técnico e a sociedade, que se refere à produção intencional de cogumelos em condições controladas, utilizando linhagens genéticas conhecidas, resultando em um restrito controle de qualidade.

Nos últimos 20 anos a fungicultura no Brasil passou por diversas mudanças, enfrentou dificuldades e soube criar soluções para alcançar um processo eficiente e economicamente viável.

Espécies

Os cogumelos podem ser divididos em três categorias, sendo as mais cultivadas descritas a seguir:

; Espécies comestíveis tradicionais: champignon, shimeji branco e cinza, shiitake e portobello;

 ; Espécies comestíveis exóticas: shimeji rosa e amarelo, eryngui ou cardoncello, nameko e enoki;

; Espécie medicinal: cogumelo do sol®.

O champignon

O champignon é o cogumelo mais consumido no Brasil. Isto se deve à grande quantidade de cogumelo importado da China (aproximadamente 5.000 toneladas) na forma de conserva.

No meu ponto de vista, deveria haver mais produtores espalhados pelo Brasil, o que difundiria e aumentaria o consumo de cogumelo per capita. Ademais, temos um projeto de extensão rural que ensina o pequeno produtor a produzir cogumelos a baixo custo, visando a incorporação deste alimento à sua alimentação local.

A ideia surgiu quando um produtor me disse: “praticamente tudo o que eu como no meu sítio, sou eu mesmo que planto. Conseguirei também plantar cogumelo?”   

Área

A medida mais correta de correlacionar a área plantada de cogumelo é pela quantidade de composto necessário para produzir as 5.150 toneladas de cogumelos frescos, mencionados anteriormente. Considerando uma média anual de 15% de conversão, a quantidade de composto plantada por ano é de aproximadamente 34.350 toneladas.

Neste sentido, atualmente temos produtores que possuem câmaras com prateleiras diferentes, variando entre dois a seis andares de altura, e larguras distintas, o que dificulta chegar a uma medida exata de quantos metros quadrados ou hectares temos de área produzida.

Produtividade

Quando nos referimos à produtividade, temos que considerar que aproximadamente 70% dos produtores do Brasil possuem câmaras de produção que sofrem influência das variáveis ambientais em alguma época do ano.

Por isso considero uma média anual de produtividade de 15%, que significa a cada 10 kg de composto obter 1,5 kg de cogumelo fresco. Em uma produção tecnificada essa conversão média pode chegar a 25%, obtida ainda em menor tempo. Em uma produção tecnificada pode-se descartar o 3° fluxo, resultando num cultivo com 32 dias de fase de produção (desde a adição da camada de cobertura até o descarte do composto).   

Mercado interno x externo

A divisão que ocorre entre mercado interno e externo está relacionada à forma de consumo do cogumelo, ou seja, cogumelos “in natura” são produzidos no Brasil e cogumelos em conserva são importados da China. Isso ocorre devido ao baixo preço do cogumelo chinês que chega ao Brasil.

Diante desse cenário, o consumidor brasileiro deveria sempre optar pelo consumo de cogumelo “in natura”, valorizando assim o fungicultor brasileiro. Deve-se destacar, ainda, a qualidade superior dos cogumelos “in natura”, que têm sabor, odor e textura única, quando comparados a outros alimentos.

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