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Batata-doce: Cultivar adequada faz toda a diferença

Autores

José Carlos Ferreira
jose.c.ferreira@embrapa.br
Geraldo Milanez de Resende
geraldo.milanez@embrapa.br
Pesquisadores da Embrapa Semiárido
Fotos: Embrapa Semiárido

A produção mundial de batata-doce (Ipomoea batatas L.) em 2017, segundo a FAO, foi de 112,83 milhões de toneladas, cultivadas em uma área de 9,20 milhões de hectares, o que proporcionou uma produtividade média de 12,26 t ha-1. Em 2017 a produtividade média nacional, de acordo com o IBGE, se situou em 14,51 t ha-1, sendo o Nordeste o segundo maior produtor nacional, com 241.621 toneladas e produtividade média de 10,71 t ha-1.

A batata-doce é, basicamente, um alimento energético, apresentando cerca de 30% de matéria seca, que contém em média 85% de carboidratos, cujo componente principal é o amido.

É uma das principais culturas tuberosas produzidas em todo o mundo em regiões tropicais e temperadas da África, Ásia e América. Planta de ampla adaptação climática e tipos de solo, é cultivada desde a latitude 42ºN até 35ºS do nível do mar até 3.000 m de altitude. É cultivada no Brasil em todos os Estados, principalmente nas regiões sul e nordeste.

É a quarta hortaliça mais consumida no Brasil, sendo uma cultura rústica, de fácil manutenção e com boa tolerância a períodos de estresse hídrico (seca). Apresenta custo de produção relativamente baixo, sendo uma das hortaliças com maior capacidade de produzir energia por unidade de área e tempo (kcal/ha/dia). Por ser uma planta adaptada aos sistemas de baixo nível tecnológico, é comum encontrá-la em pequenas propriedades da agricultura familiar, hortas escolares e comunitárias.

Outra grande vantagem para o cultivo em base familiar é que a colheita pode ser escalonada, antecipada ou retardada, pois a parte comercial se constitui de raízes de reserva que se formam ao longo do ciclo da planta, sem apresentar um momento específico de colheita.

Estudos

O presente trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento de cultivares de batata-doce nas condições do Submédio do Vale do São Francisco, nas condições de temperaturas amenas (inverno) e temperaturas mais elevadas (verão).

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