Autora
Nilva Terezinha Teixeira
Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora de Nutrição de Plantas, Bioquímica e Produção Orgânica do Centro Universitário do Espírito Santo do Pinhal (UniPinhal)
nilvatteixeira@yahoo.com.br
Ao final dos anos 1980, a comercialização da cebola em nosso país e no mundo tomou grande impulso: a divulgação de resultados de pesquisas atestando seu valor medicinal evidenciaram a espécie, além de condimentar, como terapêutica. Assim, o consumo da referida hortaliça aumentou consideravelmente.
A cebola, no Brasil, é relevante social e economicamente. É cultivada por pequenos e grandes produtores, gerando empregos e renda, sendo a segunda hortaliça mais valiosa do mundo, atrás apenas do tomate.
China, Índia e EUA são os principais produtores mundiais de cebola, representando 51,6% da produção mundial. Já o Brasil é o maior produtor de cebola da América Latina, tendo os Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Pernambuco à frente. No entanto, o Brasil não é autossuficiente na produção de cebola, sendo necessária a importação.
Condições para o plantio
Para o cultivo da cebola os solos devem ser profundos, ricos em matéria orgânica, com boa retenção de umidade, bem drenados e ‘leves’. Em geral, os solos arenosos apresentam o inconveniente da baixa retenção de umidade e possibilidade de lixiviação de nutrientes. Solos muito argilosos prejudicam o desenvolvimento dos bulbos e podem causar deformações e baixa qualidade comercial.
Assim, técnicas que possam melhorar as propriedades físicas dos solos podem contribuir para a maior produtividade da hortaliça em questão. Entre tais ferramentas está o uso das substâncias húmicas.
Ação e reação
Os ácidos húmicos e fúlvicos são materiais que fazem parte das substâncias húmicas (SHs): as frações estáveis da matéria orgânica (MOS) – o denominado húmus. As SHs constituem aproximadamente 70 a 80% da matéria orgânica, na maioria dos solos, e são compostas pelas frações humina (HUM), ácidos húmicos (AH) e ácidos fúlvicos (AF).
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