Autores
Mara Lúcia Martins Magela
Danyela Cristina Marques Pires
Doutorandas em Agronomia – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Regina Maria Quintão Lana
Professora de Fertilidade e Nutrição de Plantas – UFU
rmqlana@.ufu.br
A utilização de resíduos orgânicos de forma mais racional e otimizada é um dos grandes desafios de diferentes setores produtivos. Uma alternativa a essa problemática é o reaproveitamento desses resíduos na agricultura, principalmente como condicionadores de solo por meio do fornecimento de nutrientes e de matéria orgânica.
Neste contexto, e associado à diversidade de resíduos disponíveis para reuso na agricultura, está o desafio do próprio setor agrícola em atingir altas produtividades utilizando ferramentas e insumos cada vez mais sustentáveis e menos dependentes dos fertilizantes minerais, que em sua maioria são importados e finitos, como as fontes de fósforo (Spadotto; Ribeiro, 2006).
Dentre as tecnologias disponíveis no mercado estão os fertilizantes organominerais, que se constituem da mistura entre fertilizantes minerais e uma matriz orgânica bioestabilizada que devem respeitar especificações e garantias estabelecidas pelo MAPA, por meio da Instrução Normativa Nº 25, de 23 de julho de 2009, seção V, Art.8º, § 1º – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Desafio
O grande objetivo no uso dos fertilizantes organominerais é fornecer e facilitar a manutenção da matéria orgânica junto aos elementos, bem como possibilitar que as quantidades dos nutrientes requeridas pelas plantas sejam disponibilizadas e absorvidas dentro de um determinado período de tempo requerido pela cultura, assim como diminuir as perdas por lixiviação, volatilização ou adsorção dos nutrientes fornecidos (Benites et al.2010; Sousa et al., 2012).
Existem alguns resíduos orgânicos que são tradicionalmente utilizados na agricultura e também nas formulações de organominerais, como a torta de filtro, que é rica em macro e micronutrientes, gerada em grandes volumes pela indústria sucroalcooleira que reutiliza esse material na própria área produtiva da cana-de-açúcar (Alvarenga; Queiroz, 2008).
Este conteúdo é restrito a membros do site. Se você é um usuário registrado, por favor faça o login. Novos usuários podem registrar-se abaixo.