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Quais os avanços em melhoramento do trigo no Brasil?

Autor

Lucas Alexandre Batista
Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA)
lucaslabatista@gmail.com
Crédito: Grupo Leópolis

O crescimento populacional nas últimas décadas ultrapassou 7 bilhões de pessoas no mundo, segundo o Banco Mundial. Tudo indica que deve aumentar significativamente, chegando a 9 bilhões até 2050. Com isso, uma das preocupações é a produção de alimentos capaz de suprir a demanda global. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos mundiais, ocupando a quarta posição e alimentando cerca de 1,3 bilhão de pessoas no mundo.

Existem várias maneiras de incrementar a produção de alimentos, como por exemplo, a abertura de novas áreas, cuidados com o manejo e o melhoramento genético. No Brasil, ainda há potencial de exploração para produção de alimentos, como áreas de pastagens degradadas, mas ainda assim outras alternativas podem ser exploradas.

Uma das ferramentas para suprir a demanda de alimentos, e ao mesmo tempo preservar nossos recursos naturais, e é o melhoramento genético de plantas.

Produção mundial

O Brasil, embora um grande exportador de alimentos, ainda depende da importação de trigo devido a carências logísticas para escoamento da produção e a falta de materiais mais adaptados para regiões tropicais. O Brasil é responsável por cerca de 1% da produção mundial de trigo, o que não é suficiente para a demanda interna, sendo necessário importar cerca de 5% do que é produzido mundialmente.

A União Europeia produz cerca de 21% da produção mundial, seguido da China e da Índia, que produzem aproximadamente 18 e 13%. No período entre as safras 2007/08 e 2016/17 a produção mundial cresceu cerca de 23% e o aumento da área nesse mesmo período foi de apenas 2,16%. Esse ganho em produtividade é reflexo de fatores como o melhoramento genético e desenvolvimento de técnicas de manejo para a cultura (CONAB 2018).

Fitossanidade

A brusone em trigo é causada por Pyricularia grisea (Cooke) Sacc., Magnaporthe grisea (T. Hebert), também chamada de branqueamento de espiga. Esta doença afeta a espiga de trigo e outras partes da planta, como as folhas. As lavouras infectadas por Brusone impactam diretamente na redução da produtividade, pois as espigas não produzem grãos.

Fatores ambientais influenciam no desenvolvimento da doença, como temperaturas entre 24 e 28ºC, umidade relativa acima de 90% e longos períodos de orvalho (Embrapa). Há um esforço da comunidade científica buscando materiais com níveis de resistência superiores, embora exista no mercado cultivares com níveis diferentes de resistência a essas doenças. É importante ressaltar que a cultivar perfeita dificilmente será encontrada, mas dentro do possível, a procura por genótipos superiores é sempre o objetivo dos programas de melhoramento. 

Manejo

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