Autores
Adilson Pimentel Júnior
Engenheiro agrônomo, doutorando e professor do Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos (UNIFIO)
adilson_pimentel@outlook.com
Aline Mendes de Sousa Gouveia
Engenheira agrônoma, doutora em Agronomia/Horticultura e professora – UNIFIO
aline_mendes@fio.edu.br
Os Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT’s), no caso os drones, estão cada vez mais conhecidos no meio rural. Capazes de captar imagens com qualidade superior à de um satélite, esse tipo de instrumento tem despertado o interesse do pequeno e médio produtor rural.
Propriedades rurais de pequeno e médio porte mostram-se as mais importantes na diversificação de produtos para o abastecimento da população brasileira. Diante disso, é fundamental o apoio para a adoção do uso de drones (vant’s) pelas associações de produtores em culturas onde o uso de agrotóxicos é intensivo, como por exemplo, hortaliças, fumo, fruticultura e floricultura, em substituição aos equipamentos de pulverização tradicionais, com redução nos custos de aplicação para o agricultor.
Os drones ou vant’s vêm ganhando espaço tanto na agricultura como na pecuária. Servem para analisar as plantações e detectar pragas e doenças como em reboleiras com ataque de nematoides, falhas de plantio, excesso de irrigação, entre outros. Proporcionam uma visão do alto de forma ágil e fácil, podendo analisar o número de plantas e quais áreas da propriedade são mais propícias para a semeadura.
Podem realizar aplicações de fertilizantes líquidos e defensivos agrícolas de forma eficiente e segura pela proximidade das plantas.
Na pecuária, o drone pode ser utilizado para verificação da pastagem, condução da boiada nos piquetes, contagem de animais e buscá-los caso estejam perdidos. Além disso, pode facilitar, no caso de venda ou locação da propriedade rural, pela captura de imagens para levá-las até o interessado.
Outro quesito interessante com o uso de drones é o manejo ambiental. Apresenta funcionalidades como: o sobrevoo oferece uma visão ampla de lugares distantes e de difíceis acessos, monitorando desmatamentos, focos de queimadas e, com localização precisa, combatê-los. Também proporciona encontrar nascentes de água, assim como planejar onde se deve abrir estradas e carreadores para manejo do tráfego de máquina e implementos.
Por onde começar
Após adquirir um drone, é necessário que a pessoa responsável pelo equipamento faça um curso de pilotagem e processamento de dados obtidos por sensoriamento remoto, em instituição reconhecida pelos órgãos federais.
Depois de habilitado, o condutor consegue gerenciar e programar, por meio das coordenadas geográficas, a rota de sobrevoo do drone. Dessa forma, é possível coletar imagens com pelo menos três voos ao dia, permitindo o monitoramento de toda a propriedade, sem necessitar deslocar-se da sede da propriedade rural.
No caso de fazendas com grandes extensões de terra, a propriedade pode ser dividida em módulos com raios de abrangência de 500 metros cada um e o drone é colocado em pontos pré-estabelecidos, a fim de cobrir a área por completo.
Embora ainda seja pouco utilizado no Brasil, o uso de drones na agricultura para atividades agrícolas como mapeamento aéreo já se encaixa no cotidiano de muitos produtores, oferecendo uma visão geral da lavoura de diferentes ângulos. Por meio dessa ferramenta, o agricultor pode avaliar suas lavouras por diversas perspectivas, com a ajuda de câmeras e softwares especializados que possam lhe garantir precisão no planejamento das suas atividades agrícolas.
Produtividade
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