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Florestas de curto, médio e longo prazos se encaixam no projeto Dual Forest, que une a versatilidade à lucratividade até sete vezes maior
Associar as duas espécies é uma alternativa viável, já que eleva em apenas 20% o custo médio de produção e faz com que a curto e médio prazos o produtor quite suas dÃvidas com o plantio. Cultivar duas florestas em uma mesma área foi pensado para mesclar, numa proporção ideal, duas florestas – uma de ciclo curto (eucalipto para energia) e outra de ciclo longo (mogno africano para serraria).
Desenvolvido pelo Clube da Madeira Nobre, especialista em floresta de ciclo longo para obtenção de madeira de alto valor agregado, em parceria com a ReflorestMS, empresa que atua em toda a cadeia florestal do eucalipto para obtenção de energia e para produção de celulose, o Dual Forest foi especialmente pensado para incentivar a silvicultura brasileira, como um negócio de alta rentabilidade.
O serviço é oferecido para investidores que sabem que floresta é uma excelente oportunidade de negócio, mas não estão diretamente ligados ao agronegócio, por falta de tempo ou por não ter área para plantar. Assim, o Dual Forest une os benefícios do eucalipto para produção de energia, que tem retorno de curto e médio prazo, às vantagens do mogno africano, espécie de ciclo longo, que é extremamente valorizado no Brasil e no exterior.
No Dual Forest, o investidor tem a tranquilidade de contar com especialistas no setor florestal para estabelecer a atividade com o que há de mais moderno, desde o projeto, o plantio das mudas e gerenciamento até o corte das árvores, em alguns casos garantindo para o investidor a recompra da produção gerada na sua floresta.
Everton Regatieri, diretor comercial e sócio do Grupo Fértille, explica que a proposta do Dual Forest é trazer o retorno financeiro para o produtor já no quarto ano, quando se inicia o corte do eucalipto para energia, mercado que tende a crescer muito em Mato Grosso do Sul nos próximos anos. “Portanto, temos o curto e médio prazos vindos do eucalipto (4º, 8º e 12º anos) e o longo prazo do mogno africano, que fecha com sucesso o ciclo, do 10º ao 15º ano“, esclarece.
Lembrando que Mato Grosso do Sul é considerado um dos Estados mais favoráveis à criação de florestas, especialmente aquelas de madeira nobre e Eucalipto.
Como funciona
O plantio do Dual Forest é realizado em áreas distintas, dentro da propriedade, pois cada espécie tem suas demandas por serviços e técnicas de assistência. No caso do eucalipto brasileiro, a árvore atinge produtividade 10 vezes maior que os países lÃderes de mercado no mundo e, a cada ano, por causa das novas técnicas de plantio e colheita, este número aumenta, reafirmando que estamos no caminho certo para equilibrar a balança do tempo de cultivo x produtividade.
Vantagens do Dual Forest
O projeto Dual Forest beneficia o pequeno e médio produtores (entre 10 e 100 hectares), que antes não plantava eucalipto por falta de empresas que fizessem este serviço em áreas pequenas, além do alto custo de corte e processamento que essas áreas geram.
Com a inclusão de uma espécie de ciclo longo de madeira nobre, o produtor continuará tendo o curto prazo, proveniente do eucalipto, mas também contará com o excelente retorno financeiro que virá da madeira nobre, segundo esclarece Everton Regatieri.
Espécies ideias para este plantio
A meta do projeto é estabelecer no Mato Grosso do Sul, 5 mil hectares de Dual Forest com eucalipto e mogno africano. “Desta maneira conseguiremos garantir a recompra deste produto e prestar os serviços aos nossos clientes“, pontua o especialista no sistema.
O que muda no Dual Forest?
No Dual Forest, as duas florestas devem ser pensadas ao mesmo tempo, em termos de manejo, cada uma delas com suas técnicas e diferentes tempos entre os processos.
Isso porque, como os plantios são realizados em áreas distintas, cada espécie tem seu espaçamento adequado. Há, portanto, dois blocos de floresta dentro da propriedade.
“Iniciamos em 2014 o plantio dentro do MS em diversas áreas, e em 2015 desejamos ter quase 1.000 hectares entre áreas próprias e de clientes, em que parte delas são disponibilizadas para aqueles que não possuem terra para plantar ou as terras não são aptas para receber este tipo de cultura. Neste caso disponibilizamos a partir de dois hectares e executamos todos os serviços, até o corte“, oferece Everton Regatieri.
Retorno
A partir do quarto ano já é possível dar início ao ciclo de corte, vindo do eucalipto para energia. O tempo, neste caso, não muda no plantio puro (100%) de uma espécie ou outra. O que muda bastante, segundo o diretor do Grupo Fértille, é o retorno financeiro em cada hectare, dentro do mesmo ciclo de um plantio puro (eucalipto) e um plantio de Dual Forest.
“A vantagem da floresta mista é que o produtor consegue visualizar custos e ganhos em um mesmo projeto a médio, curto e longo prazos e o melhor é que os clientes estão se impressionando com o custo de cada hectare de implantação do Dual Forest e com o rendimento já a partir do quarto ano“, afirma Everton Regatieri, que dispõe, inclusive, de financiamento próprio para áreas a partir de 15 hectares de floresta de eucalipto com mogno africano.