Na Agricultura de Precisão, os sensores de solo têm sido eficientes ferramentas, pois conseguem oferecer mais parâmetros além da análise de solo, bem como uma densidade muito maior de dados
A Agricultura de Precisão (AP) já é realidade para a maioria das áreas nas regiões Centro-Oeste e Sul do país. O uso de suas ferramentas tem tomado proporções consideráveis nas demais regiões, o que inclui o Sudeste como um dos polos no desenvolvimento de novas técnicas em diversas culturas, além de cereais e cana-de-açúcar.
Diante disso, a AP explora o potencial de melhorias de uso de insumos e conhecimento das variabilidades do solo e atributos ligados à fertilidade também para plantas perenes como café, citros, seringueira, videira etc. Essas culturas têm alto valor agregado por área e, desde os primeiros projetos de AP implantados, mostraram a viabilidade econômica de se conhecer as variações e manejar precisamente as diferenças de fertilidade de acordo com o potencial de cada local nas áreas onde as investigações são feitas.
O solo
Até hoje, a maioria dos projetos se inicia com o levantamento de amostras químicas de solo, utilizando, como referência do local a ser amostrado, somente uma grade pré-definida em escritório ou feita diretamente no campo.
Parte dessas grades amostrais com grades regulares não levou em consideração as variações que o solo já apresentava. “Se, por acaso, no seu planejamento nenhuma referência tiver sido considerada, seja ela relacionada a fotos recentes de satélites ou mapas de produtividade de colhedoras bem calibradas, os trabalhos podem ter sido a causa de existirem produtores que desistiram do uso das ferramentas de AP, já que os resultados não foram os esperados“, alerta o engenheiro agrônomo Felipe de Araujo Lopes, especialista em AP.
Segundo ele, projetos bem planejados e baseados em variabilidades iniciais do solo tendem a mostrar variações que até mesmo já ocupam as lembranças do produtor. Tais projetos, na maioria dos casos, não geram impactos tão grandes em curto prazo, salvo condições extremas de excessos ou falta de fertilidade.
O primeiro passo
O uso de ferramentas que exploram a variabilidade inicial do solo é, indiscutivelmente, o primeiro passo. A Condutividade Elétrica (CE) reflete uma série de propriedades físicas e químicas do solo em profundidades relativamente rasas, onde realmente se encontram as raízes e a fertilidade que pode ser manejada com mais frequência.
Esse elemento está ligado diretamente à salinidade, à textura do solo (argila, silte e areia), ao teor de umidade, à matéria orgânica em decomposição, e indiretamente a elementos químicos que se tornam disponíveis ou não para as plantas, em função dessas condições do solo.
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