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Poda programada do cafeeiro – Que vantagens há?

Adelber Vilhena Braga

Administrador de empresas, cafeicultor e pós-graduando em Cafeicultura pelo IFsul de Minas, campus Muzambinho

adelbervbraga@hotmail.com

 

Poda programada do cafeeiro - Crédito Ivanir Maia
Poda programada do cafeeiro – Crédito Ivanir Maia

A poda programada é um sistema desenvolvido para o café robusta (Coffea robusta), com o objetivo de se fazer uma renovação constante e progressiva do cafeeiro a fim de se diminuir a bienalidade de produção, uniformizar os grãos em aspecto e maturação e reduzir custos com colheita.

   Na poda programada, a lavoura de café é conduzida com um número entre 12 a 15 mil hastes por hectare, e se vai retirando todos os anos após a colheita os ramos laterais da parte inferior da planta, os brotos novos e as hastes quebradas e mal localizadas, fazendo com que a frutificação se dê somente no topo da planta.

Após três a quatro colheitas, eliminam-se aproximadamente 70% das hastes por meio de recepa baixa e começa-se a conduzir novamente a brotação de forma a recompor o número inicial de hastes, lembrando que os 30% remanescentes produzirão por mais uma safra e serão eliminados.

A poda programada foi necessária devido ao grande número de lavouras de café arábica que, após a quinta ou sétima safras, entram numa curva decrescente de produção, tendo a curva de custos crescente na proporção inversa.

 

Como fazer

Segundo o Incaper, a poda deve ser realizada imediatamente após a colheita. A técnica apropriada consiste na eliminação dos ramos horizontais e hastes verticais que vão se tornando improdutivos e sua substituição por outros mais novos. Os ramos fracos, quebrados, mais velhos e sem vigor, assim como os que dificultam a entrada de luz no interior da copa das plantas e o excesso de brotações também são eliminados.

Vantagens

Dentre outras vantagens a poda programada revigora a lavoura, aumenta a produtividade em, no mínimo, 20%, reduz em pelo menos 35% a mão de obra utilizada na colheita, e melhora a qualidade final do produto, tornando as plantas mais tolerantes à seca e com melhores condições para o monitoramento e o manejo de pragas e doenças.

Espera-se que o uso desta tecnologia proporcione sustentabilidade ambiental, econômica e social à cafeicultura em regiões altas e montanhosas. Ambiental porque a lavoura fica mais limpa e arejada, levando assim a menores incidências de pragas e doenças e, consequentemente, a um menor uso de produtos químicos.

Além disso, o grande número de hastes conduzidas por hectare faz com que haja boa proteção do solo contra chuvas e produção de alto volume de matéria orgânica, evitando assim a erosão. E econômica porque reduz a aplicação de produtos químicos, aumenta a produtividade e melhora o rendimento da colheita.

Já o aspecto social acontece devido ao melhor custo-benefício, já que o produtor terá melhor retorno financeiro e qualidade de vida, propiciando que gerações presentes e futuras continuem no campo, produzindo e vivendo com dignidade.

Essa matéria você encontra na edição de março da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira a sua.

 

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