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domingo, novembro 24, 2024
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Sensores indicam nitrogênio disponível na planta

Diego Henriques Santos

Engenheiro agrônomo da CODASP – Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo

dihens@bol.com.br

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

A Agricultura de Precisão (AP) é um conjunto de tecnologias que melhoram o manejo agrícola das culturas, considerando que o potencial produtivo das áreas pode variar significativamente a curtas distâncias.

A indústria de máquinas agrícolas teve uma participação importante nessa fase, com a introdução de conceitos como o mapeamento da produtividade das lavouras de grãos e de aplicações de georreferenciamento na agricultura.

Conceitos surgiram a partir do emprego destas técnicas na agricultura, como a aplicação de insumos em taxas variáveis e dos Sistemas de Informação Geográfica, sendo que atualmente aplica-se a todos os sistemas de produção que apresentem variabilidade.

Benefícios

As vantagens do sistema de Agricultura de Precisão estão em possibilitar um melhor conhecimento do campo de produção, permitindo, desta forma, a tomada de decisões, como ter-se uma maior capacidade e flexibilidade para a distribuição dos insumos nos locais e no tempo em que são mais necessários, minimizando os custos de produção.

Também a uniformidade na produtividade é alcançada pela correção dos fatores que contribuem para sua variabilidade, obtendo-se, com isto, um aumento global da produtividade. Deve-se lembrar, também, que a aplicação localizada dos insumos necessários para sustentar uma alta produtividade contribui com a preservação do meio ambiente, já que estes insumos são aplicados somente nos locais, quantidades e no tempo necessário.

Além disso, a agricultura de precisão propicia grandes benefícios para os seus usuários, tais como redução do grave problema do risco da atividade agrícola, redução dos custos da produção, tomada de decisão rápida e certa, controle de toda situação, pelo uso da informação, maior produtividade da lavoura e mais tempo livre para o administrador.

Os sensores

Os sensores visam à adubação em taxa variável e em tempo real. A tecnologia de aplicação de nitrogênio parte do principio de que propriedades espectrais das folhas das plantas são alteradas pela deficiência deste nutriente, possibilitando a fertilização nitrogenada a partir de sensores que captam a refletância de determinados comprimentos de ondas de luz a partir de sensores localizados próximos ao dossel das plantas.

Os sensores atualmente utilizados para esse fim são chamados de Sensores Óticos Ativos Terrestres – SOAT, acoplados a máquinas agrícolas, que utilizam raios infravermelhos para determinar a quantidade exata do fertilizante a ser aplicado em cada fração da lavoura.

Tais sensores são denominados ativos, pois possuem fonte de luz própria, podendo trabalhar tanto durante o dia quanto à noite, captando a radiação refletida pelo alvo, sendo este uma das vantagens do sensor. Os índices de vegetação, mensurados por meio destes sensores ativos, são os dados utilizados para recomendação de aplicação, e após a calibração do equipamento é possível atingir o alvo eficientemente em taxa variável e em tempo real.

As vantagens, além de funcionar no período noturno, são a medição direta no campo da dose correta de nitrogênio, sem necessidade de ir ao laboratório, com a realização de um grande número de amostragens não destrutivas e extremamente rápidas, além, é claro, do aumento de produtividade.

 Diego Henriques Santos, engenheiro agrônomo da CODASP - Crédito Arquivo pessoal

Manejo

A partir do índice de resposta, obtido pelos Sensores Óticos Ativos Terrestres, é possível identificar no campo quais locais irão responder mais ou menos à adubação nitrogenada, e com isso aplicam-se maiores doses nos locais com maior potencial produtivo, economizando mais fertilizante onde a cultura não responderá em produtividade.

Atualmente, critérios subjetivos são levados em consideração na determinação das doses de nitrogênio. Desta forma, as doses recomendadas, na maioria das vezes, não são precisas, ou seja, as reais necessidades das plantas não são supridas, levando à aplicação de doses acima ou abaixo da exigência real em cada situação específica.

Já os sensores podem beneficiar a questão nutricional, racionalizando a utilização do nitrogênio, desta forma promovendo a manutenção e maximização do potencial produtivo das culturas.

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