17.5 C
Nova Iorque
domingo, novembro 24, 2024
Início Revistas Grãos Importância do aminoácido prolina no cultivo da soja no Brasil

Importância do aminoácido prolina no cultivo da soja no Brasil

 

Áureo Francisco Lantmann

Engenheiro agrônomo, consultor, mestrado em fertilidade do solo e nutrição de plantas

Wolney Ribeiro

Responsável técnico da DominiSolo Fertilizantes Especiais e Aminoácidos

 

Créditos Dominisolo
Créditos Dominisolo

A maioria dos solos do Brasil onde se cultiva soja, ou aqueles que ainda serão incorporados aos processos produtivos com culturas anuais, tem alguma deficiência de nutrientes ou desequilíbrio entre eles, que impedem as culturas como a soja, o milho e o trigo de render o máximo que seu potencial genético garantiria em condições de alta e equilibrada oferta de nutrientes.

Do conjunto de itens que compõem o custo de produção da soja, o mais caro é o dos fertilizantes e corretivos. Em situações de baixa disponibilidade de nutrientes nos solos, este custo representa 40% do total de insumos necessários, porém, o uso correto de adubos e calcário é o item que mais contribui para o aumento do rendimento da soja.

A produtividade da soja no Brasil teve, nos últimos 12 anos, um aumento médio de mais de 1.100 kg ha-1. Em algumas regiões, os rendimentos médios atingiram 3.000 kg ha-1, um grande conjunto de agricultores registrou médias acima de 4.400 kg ha-1 e em ensaios de pesquisa são frequentemente observados rendimentos acima de 5.000 kg ha-1, atingindo até 7.500 kg ha-1.

Nessas maiores produtividades, a soja estaria requerendo melhores condições de fertilidade e nutrição, das atuais existentes, para assegurar o máximo rendimento determinado pelas novas variedades existentes no mercado.

Lavoura de soja isolada sob estressehídrico - Créditos Dominisolo
Lavoura de soja isolada sob estressehídrico – Créditos Dominisolo

Condições de cultivo

A cultura da soja, da germinação à colheita, é submetida a contínuos e variados estresses de natureza biótica e abiótica, de diferentes intensidades.A germinação pode ser afetada, entre outros fatores, por deficiência ou por excesso de umidade de solo, por baixa temperatura de solo, pelo contato com fertilizantes, por insetos ou patógenos.

A emergência pode ser estressada pela dificuldade de romper a camada de solo devido à excessiva profundidade em que foi colocada a semente e/ou devido à formação de encrostamento da camada superficial do solo.

O desenvolvimento do sistema radicular pode ser inibido pelo efeito de sais componentes dos fertilizantes, pela compactação do solo e pela falta de aeração, por danos causados por insetos pragas, por nematoides e por agentes causadores de doenças.

As partes aéreas de plantas, durante o desenvolvimento vegetativo, bem como durante a fase reprodutiva, ficam expostas a todos os tipos de estresses por período de quatro a cinco meses. São interferências causadas por agentes bióticos, como insetos-pragas, fungos, bactérias e vírus, e/ou por agentes abióticos, como deficiência ou excessos hídricos, elevada umidade relativa do ar, temperatura inferior ou superior à exigida em cada estádio de desenvolvimento da planta, pouca luminosidade, deficiências ou excessos de determinados nutrientes, injúrias causadas por defensivos químicos, efeitos determinados por cultivos anteriores e muitos outros.

A cultura da soja, da germinação à colheita, é submetida a contínuos e variados estresses - Créditos Dominisolo
A cultura da soja, da germinação à colheita, é submetida a contínuos e variados estresses – Créditos Dominisolo

Consequências

Cada estresse sofrido deixa marcas que se refletirão no rendimento físico e na qualidade do produto. Há estresses que podem determinar perdas totais. Outros, se forem considerados individualmente, têm efeitos triviais sobre o volume e qualidade do produto final. O somatório dos pequenos efeitos de cada um, no entanto, pode representar forte depressão sobre o nível de produtividade da lavoura.

Desse conjunto de fatores que podem afetar o rendimento da soja, via estresses em quase todos os estádios de desenvolvimento da soja, alguns podem ter seus efeitos negativos amenizados via suprimento de aminoácidos.

Estresses abióticos, como a seca, podem reduzir significativamente os rendimentos das lavouras e restringir as latitudes e os solos onde espécies comercialmente importantes podem ser cultivadas.

O melhor rendimento médio de soja no Brasil foi observado no ano safra 2010/11, com 3.115 kg.ha-1, safra em que ocorreu boa distribuição de chuvas em quase todo o território nacional.Já no ano safra 2011/12, em função de distribuição de chuvas bem desuniforme, o rendimento médio teve um decréscimo de mais de 600 kg.ha-1

Em função de baixos rendimentos, menores volumes de soja geram implicações enormes, uma vez que não somente produtores, mas toda a sociedade é afetada. Desemprego, aumento no preço de alimentos e instabilidade no mercado financeiro são somente algumas das consequências.

Previsões ambientais sinalizam para o aumento do aquecimento global nas próximas décadas. Um aumento dos períodos de seca certamente acompanharão esse fenômeno. O desenvolvimento de cultivares mais tolerantes a períodos de déficit hídrico, bem como de tecnologias, como o uso de complementos nutricionais que auxiliem as plantas a tolerar períodos prolongados de estiagem serão essenciais na manutenção da produção agrícola brasileira e mundial em níveis que possam alimentar uma população em constante crescimento.

Essa matéria completa você encontra na edição de maio da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira a sua para leitura integral!

 

- Advertisment -

Artigos Populares

Chegam ao mercado sementes da alface Litorânea

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em...

Alerta: Patógenos de solo na batateira

Autores Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) idalinepessoa@hotmail.com José...

Maçãs: O que você ainda não sabe sobre a atividade

AutoresAike Anneliese Kretzschmar aike.kretzschmar@udesc.br Leo Rufato Engenheiros agrônomos, doutores e professores de Fruticultura - CAV/UDESC

Produção de pellets de última geração

AutorDiretoria Executiva da Brasil Biomassa Pellets Brasil Crédito Luize Hess

Comentários recentes