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domingo, novembro 24, 2024
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Algas reduzem estresse na melancia

 

Eduardo Suguino

Pesquisador científico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) Polo Centro Leste, Ribeirão Preto (SP)

e-mail: esuguino@apta.sp.gov.br

Destaque

Algas proporcionam maior enraizamento na melancia - Crédito Shutterstock
Algas proporcionam maior enraizamento na melancia – Crédito Shutterstock

Não existem muitos trabalhos com resultados disponíveis sobre o uso de algas (extratos ou seca), na cultura da melancia. Algumas empresas privadas realizam trabalhos em determinados locais, mas essas informações ainda não se tornaram públicas.

O que se encontra de informações é que a elas são atribuídas funções como o fornecimento e melhoria na absorção de nutrientes do solo, aumento da divisão celular, estímulo ao crescimento e produção da planta, capacidade de retenção de água, redução de alguns tipos de estresse, dentre outros.

O que se sabe é que, no Brasil, uma boa parte dos produtos disponíveis está relacionada à espécie Ascophyllum nodosum. Segundo a literatura, essas algas possuem ação semelhante à dos hormônios vegetais e são facilmente encontradas no hemisfério norte, em regiões de clima temperado, onde se acredita tenha desenvolvido estratégias de sobrevivência devido ao fato de viverem em condições adversas.

Pesquisas

Alguns trabalhos publicados sobre o assunto informam que em testes laboratoriais houve um aumento considerável do sistema radicular de plântulas de alguns cereais, o que certamente auxiliaria no processo de fixação quando do plantio no campo.

No entanto, existem também relatos controversos sobre a ação destes compostos nas diversas culturas agrícolas, onde alguns estudos supõem que o sucesso da utilização depende da espécie da planta e das substâncias existentes no extrato de alga comercializado.

Nestes trabalhos, houve um tratamento prévio das sementes imersas em solução de extrato de algas com várias diluições, por tempos inferiores a 30 minutos, e semeadas em caixa de areia e também em conjuntos com irrigações de pequenas quantidades de extrato diluído em água por períodos inferiores a 10 dias após a semeadura.

Os resultados, mesmo laboratoriais, variaram de acordo com a cultura utilizada, mas, num aspecto geral, obtiveram resultados positivos.

Manejo

Segundo informações das empresas que trabalham com este tipo de produto, junto ao extrato propriamente dito, também vai uma pequena quantidade de aminoácidos de fácil utilização pela planta e que auxilia no equilíbrio nutricional da mesma, e a aplicação na planta, em geral, ocorre diluindo-se o produto na água de irrigação, ou de acordo com a recomendação técnica do mesmo.

 

 

Essa matéria você encontra na revista Campo & Negócios Hortifrúti, edição de junho. Adquira a sua.

 

 

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