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Do campo até a fábrica, a Eldorado Brasil adota as mais modernas práticas de mercado para garantir a produtividade e a qualidade da celulose que disponibiliza no mercado. A mais jovem de seu segmento é a primeira empresa do País a usar inteligência artificial no inventário florestal.
“Inovação é um dos pilares de nossa estratégia de crescimento e consolidação no mercado. É transversal a todas as áreas e ajuda a garantir nossa eficiência operacional e competitividade nos mercados nacional e internacional“, afirma Germano Vieira, diretor Florestal da Eldorado.
Há um ano e meio, a companhia iniciou testes com a tecnologia de Redes Neurais Artificiais (RNA) no inventário florestal, permitindo estimativas quanti e qualitativas das árvores de eucalipto, de maneira mais eficiente e precisa. “A expansão de nossas áreas de florestas acontece em um ritmo muito forte. A cada ano temos mais 50 mil hectares plantados, volume que gera a necessidade de acompanharmos uma área muito maior, sendo que a inteligência artificial colabora para a agilidade no trabalho“, explica Vieira.
Desenvolvido pela Eldorado a partir de um convênio com alunos de doutorado e pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, o programa de melhoria contÃnua em mensuração florestal da empresa está utilizando RNA para três aplicações principais: redução de tempo na medição da altura de árvores, da forma das plantas e do número de parcelas de inventário por área de plantio. Com isso, foi possível diminuir custo na coleta de informações e melhorar a assertividade das estimativas geradas.
 Para a estimativa convencional da altura das árvores, por exemplo, é necessário medir o diâmetro e a altura de 14 árvores em cada parcela de inventário (400 m²). Uma equação é gerada para cada material genético, idade de medição e fazenda. Com a tecnologia, é preciso obter o diâmetro e a altura de apenas três árvores por parcela e uma única rede neural faz os cálculos em função de variáveis numéricas (diâmetro, idade, altura dominante) e categóricas (fazenda e material genético).
Depois de modeladas com um banco de dados, as RNA fazem cálculos para prever o comportamento de uma determinada área. A partir daÃ, o software pode usar o seu novo conhecimento para prever o resultado de problemas envolvendo dados similares. Os resultados obtidos com o uso das redes neurais são mais precisos, com redução de 78% das medições realizadas em campo.
Segundo o diretor, o uso da inteligência artificial permite a melhoria contÃnua da qualidade da informação e é fundamental para a gestão dos plantios, a valoração do ativo biológico e o planejamento estratégico e tático da floresta. “Essa é uma das aplicações para a RNA, mas há muito mais o que explorar na ferramenta“.
Inovação no DNA
Com a inovação presente em todas as áreas da empresa, esta não é a primeira vez que a Eldorado busca novidades para a solução de problemas. A companhia também foi pioneira ao aplicar veículos aéreos não tripulados (VANT’s), também conhecidos como drones, de forma operacional e em larga escala. Hoje, quase 100 mil hectares de eucalipto são monitorados por imagens fornecidas pelos equipamentos.
A capacidade tecnológica dos drones permite que o trabalho que antes seria realizado de dois a três dias, seja feito em apenas oito horas. Cada VANT faz, em média, dez voos por dia e registra cerca de 230 hectares, área equivalente a 280 estádios de futebol do tamanho do Maracanã. “O trabalho que fazemos já é referência para outros players que, a partir de nossas inovações, também passaram a utilizar os modelos que implantamos“, conta Vieira.
Sobre a Eldorado Brasil
A Eldorado Brasil, empresa do Grupo J&F, é uma das principais produtoras mundiais de celulose branqueada de eucalipto, com matéria-prima proveniente de florestas plantadas e certificadas. Com dois anos de operação, já tem presença consolidada no mercado internacional e ocupa lugar de destaque no setor, pela adoção de tecnologia de ponta e inovação em toda a cadeia produtiva, o que garante resultados competitivos e sustentáveis.
Sua fábrica em Três Lagoas (MS) tem capacidade nominal de produção de celulose de 1,7 milhão de toneladas por ano.