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domingo, novembro 24, 2024
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Fertirrigação inteligente para a hidroponia

 

Mário Calvino Palombini

Engenheiro agrônomo, consultor e proprietário da Vermelho Natural

vermelhonatural@hotmail.com

 

Crédito Dynacs
Crédito Dynacs

Uma novidade para os produtores brasileiros de hidropônicos é a tecnologia de fertirrigação inteligente, disponível em países estrangeiros, que agora será produzida no Brasil, dispensando os produtores do alto custo de importação e da, até então não existente, assistência técnica.

O sistema permite a redução de mão de obra e de falhas humanas na elaboração de solução nutritiva, mantendo estáveis, ao longo do dia, os níveis de EC e pH ideais para cultivo.

Além disso, permite o acompanhamento e controle da solução nutritiva remotamente, via internet, e conta com um sistema que identifica os dias mais quentes e com mais irradiação solar, realizando com mais frequência o ciclo de circulação da solução nutritiva para evitar o murchamento das plantas.

A fertirrigação

Existem vários tipos de sistemas de fertirrigação visando melhorar o desempenho do processo produtivo, mas para que ele tenha alta eficiência, necessita ser desenvolvido com o máximo de informações sobre o comportamento da planta e o seu meio ambiente. Somente com essas informações será possível desenvolver mecanismos de produção que permitam alterar as condições ambientais e promover aumentos de rendimento, qualidade, redução dos custos e melhorar a competitividade.

Neste sentido, estão sendo desenvolvidos os sistemas de fertirrigação inteligente. Na Holanda, estes sistemas evoluíram ao ponto de deixarem de ser uma atividade agrícola para ser uma atividade industrial, tendência que deve ocorrer em outros países em vários graus de intensidade, com controle parcial ou total dos processos produtivos.

Melhorias

Os princípios do sistema de fertirrigação inteligente que utilizo provêm de um modelo espanhol, que usa pulsos de irrigação com o objetivo principal de disponibilizar, o tempo todo, a água para as raízes das plantas (mantendo o estado ótimo de umidade e aeração no substrato), aumentando assim a produtividade e qualidade dos frutos.

O sistema promove uma redução que pode chegar a 40% da utilização de água e nutrientes e 75% da necessidade de volume de substrato por planta.

O investimento na tecnologia se mostra viável - Crédito Jorge Barcelos
O investimento na tecnologia se mostra viável – Crédito Jorge Barcelos

Manejo

O sistema é composto por coletores localizados em pontos estratégicos dentro das estufas onde fica a solução nutritiva que entra no sistema e a drenagem, medindo o volume, a CE e o pH. As informações são repassadas a um programa de computador que indica a drenagem desejada, o período entre pulsos de irrigação e o período de irrigação.

Também promove a recomendação de mudanças da adubação conforme as variações da CE, calcula e indica várias informações sobre as plantas e o substrato, como consumo diário, detecta problemas que podem estar acontecendo com a fertirrigação e apresenta sugestões com possíveis soluções.

As informações indicadas neste programa alimentam os controladores da central do sistema, que executa de forma autônoma todo o processo.

Autossuficiência

Na fertirrigação inteligente é necessária a intervenção humana somente em torno de uma hora diária para a reavaliação da programação, sendo que em casos especiais pode ser ampliado para até três dias.

Eventualmente, devem-se abastecer as caixas com solução nutritiva, tanto as caixas de solução concentrada como diluída. É recomendada, eventualmente, a verificação dos equipamentos, quanto a estarem funcionando adequadamente. Como as operações são mínimas, a redução de M.O é de 80%.

Níveis de EC e pH

As variações de pH fora da faixa adequada altera a absorção de micronutrientes, e podem ser um indicativo de deficiência e desequilíbrio nutricionais, podendo chegar à salinização do substrato.

As informações do programa se baseiam no histórico da planta do dia anterior e a temperatura máxima do próximo dia. Se a variação for significativa, o programa altera a sugestão de porcentagem de drenagem desejada. Caso o operador aceite esta sugestão, o programa recalcula os dados que serão colocados no programador da central de irrigação.

Nos casos de dias chuvosos ou de baixa radiação solar, os dados são transferidos para um segundo programa, que recalcula as informações para esta nova situação utilizando outros parâmetros.

Essa matéria completa você encontra na edição de agosto da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira a sua para leitura integral.

 

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