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Desafios das tecnologias Bt no Brasil

 

Fotos Shutterstock
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Até 2007 o cenário do cultivo de milho no Brasil era de crescentes perdas por ataques de lagartas, o que assustava cada vez mais os produtores. Os inseticidas para controle apresentavam baixa eficiência e, consequentemente, o número de aplicações visando a proteção dos cultivos era grande.

Neste ano, o Brasil entrou na era dos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) na cultura do milho. Esses materiais OGMs incluem tecnologias que provêm tolerância a herbicidas e que expressam genes da bactéria Bacillusthuringiensis (Bt), provedoras de proteção contra o ataque de insetos.

Devido ao seu impacto no controle de lagartas, a introdução de culturas com a tecnologia Bt revolucionou a agricultura brasileira. A rápida adoção da tecnologia Bt reflete sua aceitação pelos produtores em função dos benefícios que ela traz à cadeia agrícola.

Entretanto, a evolução de resistência de populações de insetos-praga às culturas Bt, que consiste na seleção dos indivíduos resistentes e no aumento da frequência destes indivíduos na população da praga, é uma das grandes preocupações existentes, uma vez que pode eliminar os benefícios econômicos e ambientais dessa tecnologia, limitando sua eficácia no controle de pragas.

No Brasil, fatores como a alta adoção dessa tecnologia, que atingiu cerca de 85% da área total plantada de milho em apenas quatro anos, expressão contínua da proteína, alta pressão de pragas, múltiplas gerações por ano, mais de um ciclo da cultura por ano e presença das mesmas tecnologias em culturas diferentes, contribuem significativamente para o aumento do risco de resistência.

Aprovações

A tecnologia Bt revolucionou a agricultura brasileira Fotos Shutterstock
A tecnologia Bt revolucionou a agricultura brasileira Fotos Shutterstock

As sucessivas liberações de tecnologias entre 2007 e 2011 trouxeram a falsa percepção de que novas tecnologias seriam facilmente disponibilizadas. O uso do monitoramento de lavouras foi praticamente esquecido, e o conceito de que tecnologias Bt deveriam ser autossustentáveis foi estabelecido.

A implementação de áreas de refúgio como prática fundamental do Manejo da Resistência de Insetos (MRI) para tecnologias Bt foi divulgada desde sua introdução. Porém, devido à alta pressão de pragas, foco em produtividade da lavoura, e à alta eficácia inicial das tecnologias, o que se viu no campo foi a baixa adoção de áreas de refúgio.

Somando-se a isso, nas poucas áreas de refúgio existentes este não foi efetivo, uma vez que inúmeras aplicações com inseticidas eram feitas, comprometendo a produção de insetos suscetíveis e, consequentemente, a função do refúgio como ferramenta de MRI.

Estratégia

A estratégia mais efetiva no combate à resistência é implantar diversas práticas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e MRI simultaneamente e antes do seu desenvolvimento.

Recomenda-se a implantação de programas de MRI como componente de um programa mais amplo de MIP, cobrindo três componentes básicos: monitoramento do complexo de pragas no campo e mudanças na densidade populacional, foco em níveis de dano econômico e integração de múltiplas estratégias de controle.

O grande risco na América Latina levou à implementação de um esforço coletivo entre Ministério da Agricultura, associações de produtores e as indústrias provedoras de biotecnologia para o estabelecimento de recomendações mínimas associadas às práticas de MRI.

O compromisso das indústrias com Gestão Responsável do Produto e durabilidade de suas tecnologias foi reforçado pelo estabelecimento do programa ETS – ExcellenceThroughStewardship (excelência através da Gestão Responsável de Produto) focado em manejo de resistência de insetos.

Paralelamente, foi implementado o Grupo Técnico de Manejo de Resistência (GTMR), coordenado pelo Ministério da Agricultura. Empresas provedoras de biotecnologia, bem como representantes do IRAC, EMBRAPA e de associações de agricultores e consultores participam deste grupo, com o claro objetivo de identificar práticas que possam aumentar a durabilidade dos eventos transgênicos.

A chegada da tecnologia Leptraâ„¢

Buscando a sustentabilidade do agronegócio, a DuPont Pioneer lança nesta safra os híbridos marca Pioneer com a tecnologia Leptraâ„¢ de proteção contra insetos. Os híbridos com a tecnologia Leptraâ„¢ apresentam excelente eficácia nas populações suscetíveis das pragas-alvo desta tecnologia, oportunizando ao agricultor mais flexibilidade e maior confiança em suas decisões de plantio.

A associação das melhores ferramentas para o alcance das maiores produtividades está na genética dos produtos marca Pioneer® junto com a tecnologia Leptraâ„¢, o Manejo Integrado de Pragas (MIP), tratamento de sementes e a excelência do suporte técnico da equipe DuPont Pioneer.

A tecnologia Leptraâ„¢, devido ao seu amplo espectro, é hoje a melhor opção para auxiliar no controle das principais lagartas que atacam a cultura do milho, como a lagarta-do-cartucho, lagarta-elasmo, lagarta-do-trigo, broca-da-cana-de-açúcar, lagarta-eridania, lagarta-da-espiga e lagarta-rosca. É uma excelente escolha para aqueles agricultores que desejam mais segurança e rentabilidade na sua lavoura.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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