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A produção de mudas, o cultivo e a colheita da batata-doce

Maurício Dominguez Nasser

Pesquisador científico da APTA Regional – Alta Paulista

mdnasser@apta.sp.gov.br

Antonio Ismael Inácio Cardoso

Professor Doutor ““ FCA – UNESP/Botucatu

Sônia Maria Nalesso Marangoni Montes

Pesquisadora Científica da APTA ““ Alta Sorocabana

Flávia Aparecida de Carvalho Mariano Nasser

Pós-doutoranda em Horticultura ““ FCA ““ Unesp/Botucatu

 

Crédito Pixabay
Crédito Pixabay

A batata-doce (Ipomoea batatas L.) é a quarta hortaliça mais consumida no Brasil. Nos últimos anos, vem ganhando espaço na dieta dos brasileiros que se preocupam com a boa forma. Apesar do alto valor calórico, apresenta baixo índice glicêmico, excelentes fontes de vitamina A e B, além de ser considerada fonte de vitamina C, fósforo, cálcio e potássio.

Contudo, a composição química da batata-doce pode variar com a cultivar, condições de clima e solo, manejo cultural, época de colheita e armazenamento na pós-colheita.

Pode ser consumida cozida, assada ou em forma de “chips“. Na indústria é usada como matéria-prima para fabricação de doces, álcool e amido de alta qualidade. Além disso, pode ser aproveitada na alimentação animal in natura ou no preparo de silagem (ramas).

Ainda é uma das espécies alvo do programa de fortificação alimentar, que visa o desenvolvimento de alimentos naturais capazes de suprir as necessidades de nutrientes na alimentação da população em segurança alimentar, isso devido seus altos teores de provitamina A (caroteno), que durante o processo de digestão é transformado em vitamina A.

 As batatas-doces podem variar de tamanho, cor e forma, conforme a variedade - Crédito LuizeHess
As batatas-doces podem variar de tamanho, cor e forma, conforme a variedade – Crédito LuizeHess

Importância no mundo

Em termos de produção mundial, segundo a FAO, os principais países produziram, juntos, mais de 102 milhões de toneladas de batata-doce. A China é o principal produtor, com quase 76% da produção mundial. No Brasil, as principais regiões produtoras são o Nordeste e o Sudeste. O Oeste Paulista destaca-se como a segunda maior região produtora de batata-doce no cenário nacional.

A cultura se desenvolve adequadamente em áreas tropicais, onde está localizada a maioria das populações carentes. Em comparação com outras culturas agrícolas, pode ser considerada como cultura rústica, pois apresenta grande resistência a pragas, e se desenvolve em solos pobres e degradados. No entanto, a produtividade é maior quando cultivada em solos ricos, ou em solos pobres quando se emprega adubação orgânica e/ou inorgânica de forma tecnicamente adequada.

A batata-doce

As batatas-doces podem variar de tamanho, cor e forma, conforme a variedade, o solo e clima em que são cultivadas. Conduzidas de forma tecnicamente comercial, a produtividade pode chegar a 40 toneladas por hectare.

Tradicionalmente, o mais utilizado no plantio da batata-doce são as ramas maduras ou velhas, por ser mais econômico e fácil, porém, com período alongado até a colheita e menor produtividade. Não é considerado o melhor sistema pelo alto risco de surgimento de doenças e pragas no novo cultivo, e menor desenvolvimento vegetativo que ramas novas.

Além disso, com a utilização de ramas velhas, geralmente o número de falhas é maior, sendo necessário o replantio das ramas se as falhas forem superiores a 20%. De acordo com outros estudos sobre ramas contaminadas por viroses, dependendo do tipo de vírus e da interação entre eles, a queda de produtividade pode variar entre pouco significativa a 99% em relação a plantas sadias.

Crédito Arquivo
Crédito Arquivo

Produção de mudas

No cultivo de hortaliças, é comum a utilização de bandejas plásticas para produzir mudas de diversas espécies multiplicadas por sementes. A produção de mudas em bandejas favorece um maior controle dos tratos culturais às plântulas, visto que a atividade é desenvolvida sob ambiente protegido; além de proporcionar elevada taxa de sobrevivência após o transplante e maior uniformidade no campo.

Mesmo com poucas pesquisas sobre o uso de bandeja para a propagação vegetativa da batata-doce, uma nova tecnologia, que utiliza ramas sadias, em especial sem viroses, pode resultar no dobro de produtividade e na redução do ciclo da cultura, como tem ocorrido em lavouras da região de Presidente Prudente (SP).

Como a técnica está em expansão, novos ajustes surgirão e serão necessários mais estudos para ampliar o conhecimento da produção de muda desta hortaliça tão tradicional em nosso país.

Plantio

No geral, o plantio manual da batata-doce caracteriza-se em enterrar parte da rama-semente ou da muda na leira de plantio. Inicialmente realiza-se a distribuição das ramas no espaçamento adequado.

Com uma haste pontiaguda é feito um buraco onde será colocada a base da rama até sua metade e, posteriormente, se acomoda o solo ao redor dela. Tradicionalmente, utilizam-se ramas maduras com seis a oito nós, sem enraizamento. No plantio de batata-doce se busca um estande final de pelo menos 25.500 plantas por hectare.

Essa matéria completa você encontra na edição de maio 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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