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Agricultura 4.0 conecta o campo

 

Tecnologia integra processos agropecuários e pode levar ao aumento de produtividade em diversos setores

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Imagine um sistema capaz de obter imagens em infravermelho de uma plantação de feijão a fim de identificar quando a planta precisa de água, os dispositivos acionam um sistema de irrigação para regá-las apenas com a quantidade necessária. Este é apenas um exemplo dos diversos cenários do campo da chamada Agricultura 4.0, frente que visa conectar e integrar todos os procedimentos agropecuários por meio de recursos tecnológicos.

São diversos tipos de ferramentas e dispositivos que vêm sendo desenvolvidos para contribuir com essa tarefa. Os mais conhecidos são os sensores, como os que analisam umidade, temperatura e a composição química do solo. “Eles permitem que atuemos como “˜nutricionistas’ das plantas, identificando as necessidades de cada uma e a quantidade exata de água ou nutrientes de que elas precisam“, explica Felipe Bocca, doutorando da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp.

Todas essas informações são aferidas diversas vezes ao dia e, por meio de uma conexão com a internet, podem ser enviadas em tempo real para computadores que armazenam quantidades enormes de dados. Com o uso de softwares, inteligência artificial e técnicas de aprendizado de máquinas, é possível interpretá-los, facilitando a tomada de decisão dos produtores rurais.

Conhecendo melhor o que cultivamos

Os especialistas afirmam que é preciso acompanhar passo a passo o desenvolvimento da planta a fim de lhe proporcionar as melhores condições e explorar seu maior potencial. “Sem o acompanhamento correto, uma planta pode perder, em geral, até metade de sua capacidade de crescimento“, afirma Bocca, ainda assinalando que “os sensores permitem que atuemos como “˜nutricionistas’ das plantas, identificando as necessidades de cada uma e a quantidade exata de água ou nutrientes de que elas precisam. Por isso o uso de sensores é tão importante, pois com eles pode-se saber o que a planta deseja em qualquer estágio de crescimento.

Pesquisas

Além do desconhecimento das pessoas sobre a importância da tecnologia no campo, alguns outros fatores também atrasam o avanço das pesquisas. A falta de infraestrutura, principalmente a dificuldade em levar internet ao meio rural, a limitação para atender demandas em larga escala, além dos altos investimentos necessários, são algumas das barreiras.

Desenvolver sistemas que consigam entender as necessidades das plantas é a ideia do Sistemas Inteligentes de Suporte à Decisão na Agricultura (SISDA), grupo de pesquisa da Feagri coordenado pelo professor Rodrigues.. “Queremos que esse tipo de tecnologia se popularize e não sirva apenas para grandes produtores. Para isso, o SISDA tem buscado soluções que utilizam sensores de baixo custo“, explica Oliveira.

A luta dos pesquisadores também passa pela mudança de alguns conceitos e estereótipos sobre a agricultura. Na opinião de Bocca, a área ainda é vista como algo rudimentar e os investimentos sempre chegam com atraso ao setor. “No final das contas, nosso objetivo final é fortalecer a produção de alimentos. Precisamos fazer com que a tecnologia chegue mais rápido ao campo se quisermos enfrentar o desafio que virá pela frente“, finaliza.

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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