Autores
Tais Santo Dadazio
Engenheira agrônoma, mestra, doutora em Proteção de plantas e professora de Fitopatologia – FIB e Unisalesiano
tais.dadazio@hotmail.com
Roque de Carvalho Dias
Engenheiro agrônomo, mestre em Proteção de Plantas e doutorando em Agronomia -UNESP/FCA
roquediasagro@gmail.com
Leandro Tropaldi
Engenheiro agrônomo, mestre em Agricultura, doutor em Proteção de Plantas e professor – UNESP – Dracena
l.tropaldi@unesp.br
As algas marinhas são utilizadas há milhares de anos na agricultura como bioestimulantes e fertilizantes naturais. Elas agem na proteção natural dos vegetais contra pragas e doenças, além de favorecerem a vida microbiológica do solo e tornarem as plantas menos vulneráveis às variáveis abióticas, como temperatura, raios ultravioletas, salinidade e seca.
Existe uma grande variedade de espécies que podem ser empregadas na agricultura, tais como a Ascophyllum nodosum, Ulva fasciata, Laminaria digitata, Lithothamnium calcareum, Ecklonia máxima, Sargassum spp. e Macrocystis pyriferait.
Proteção contra doenças
De maneira geral, as algas marinhas são ricas em glicoproteínas, vitaminas e aminoácidos, que podem funcionar como bioestimulantes vegetais, e ainda como bioestimulantes naturais, como as auxinas (hormônio de crescimento, responsável pela divisão celular), giberilina (induz a floração e o alongamento celular) e as citocininas (hormônio da juventude que retarda a senescência).
Além disso, algumas espécies de algas apresentam substâncias que aumentam a resistência a doenças, por estimularem a formação de elicitores, apresentando efeitos supressores sobre os organismos fitopatogênicos.
Elicitores são moléculas que podem ter origem biótica ou abiótica e são capazes de estimular respostas de defesa nas plantas. Os extratos de algas têm se mostrado eficientes na ativação da resistência de plantas a patógenos.
Culturas beneficiadas
Das algas marrons, como a Laminaria digitata, se extrai o polissacarídeo laminarina, que leva respostas de defesa a doenças de plantas, enquanto a alga Ascophyllum nodosum estimula a síntese da fitoalexina capsidiol em plantas de pimentão, aumentando a resistência das plantas a Phytophtora capsici. A mesma alga ainda proporciona a redução no número de juvenis de M. incognita e M. javanica em tomateiro.
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