A alta da procura internacional pelo algodão aumentou o interesse dos produtores brasileiros nesta cultura nas últimas safras. A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que as exportações da pluma possam atingir cerca de 1,5 milhão de toneladas, um aumento de 60% na quantidade embarcada na safra passada.
Espera-se uma safra recorde de algodão para 2018/19, com produção estimada em 6,0 milhões de t, entre pluma e caroço. O aumento é significativo em relação ao período anterior, quando foram colhidos 5,0 milhões de toneladas.
Apenas para a pluma, o total a ser colhido pode chegar a 2,6 milhões de toneladas. Já a colheita de caroço de algodão deve chegar a cerca de 4,0 milhões de toneladas na safra atual.
A boa rentabilidade da cultura tem garantido o interesse dos agricultores. Mesmo com o custo de produção elevado devido à alta tecnologia empregada no cultivo, o algodão apresenta um retorno de cerca 38,7% sobre o investimento no plantio da pluma, segundo os dados do boletim de safras da Conab divulgado no início deste ano.
Paraná
O cenário favorável também atrai o interesse pelo cultivo da fibra em algumas antigas regiões produtoras, a exemplo do Paraná. Para o período 2018/19, as estimativas apontam que sejam plantados 700 hectares.
Na safra 1989/90, o Estado já foi o principal produtor do País, quando chegou a concentrar 50% da produção total. Entretanto, naquele ano as lavouras foram dizimadas devido às condições climáticas desfavoráveis e aos baixos preços da pluma praticados pelo mercado, o que levou o Estado a abandonar o cultivo de algodão por alguns anos agrícolas.