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Alternativas para adaptação das plantas ao estresse hídrico

Douglas José Marques

Doutor e professor em Olericultura e Melhoramento Vegetal da Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS)

douglas.marques@unifenas.br

Kleidson Franco

Engenheiro agrônomo e Desenvolvimento Técnico de Mercado – UPLCropNutrition

Thiago Virginio Pereira

Engenheiro agrônomo e Representante Técnico de Vendas – UPLCropNutrition

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Existem previsões de que nas próximas décadas as mudanças climáticas serão tão intensas que irão mudar a geografia da produção agrícola mundial. Apesar de ser um tema polêmico, pois envolve uma gama de interesses político-econômicos, pode-se afirmar que o aumento da temperatura média, por menor que seja, acarretará consequências dramáticas na distribuição do plantio das culturas no mundo.

O estresse hídrico, em razão do aumento das temperaturas, com certeza irá se tornar um fator limitante para o adequado desenvolvimento das culturas. É importante considerar que o aumento da temperatura promove uma maior demanda de água pelas plantas, que é necessária para seu resfriamento. Outro fator limitante é a ocorrência de períodos secos mais intensos e longos em algumas regiões.

Consequências do estresse hídrico

Àmedida que as plantas se desenvolvem, sua demanda de água aumenta para ativar o crescimento, desenvolvimento e a translocação de fotoassimilados. Todos os fenômenos químicos e bioquímicos necessitam de um pouco de água para estarem ativos.

Então, se não houver pelo menos uma quantidade mínima de água nas fases fenológicas das culturas, a produção será afetada.

Soluções para amenizar o estresse hídrico

No melhoramento genético de plantas há duas formas de se criar genótipos tolerantes ao estresse abiótico. A primeira é a busca da melhoria da própria planta, procurando-se adequar o seu genótipo a determinados ambientes, que se obtém por meio do melhoramento genético, resultando na obtenção de novas cultivares.

A segunda forma é a modificação e adequação do ambiente a um genótipo previamente escolhido, utilizando-se a moderna agrotecnologia.

O desenvolvimento de alternativas que amenizem o estresse abiótico é uma alternativa sustentável para mitigar os impactos negativos das mudanças climáticas globais.

Tendo em vista a complexidade do estresse da seca, somente uma abordagem que considere as interações solo-planta-ambiente poderá gerar conhecimentos relevantes a serem utilizados num futuro próximo e que garantam a sustentabilidade.

Portanto, além de se levar em consideração as exigências termoclimáticas das variedades, algumas práticas, como a utilização de silicato e/ou gesso nas áreas de plantio, podem atenuar o estresse hídrico das culturas.

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Alternativas

Existem algumas alternativas disponíveis para o produtor:

ð O silício absorvido pelas plantas acumula com maior frequência nas regiões onde a água é perdida em grande quantidade, ou seja, na epiderme foliar junto às células-guarda dos estômatos e outra célula epidérmica. Esses depósitos de sílica nos tecidos foliares promovem a redução na taxa de transpiração.

ð Já o gesso (Ca2SO4), quando solubilizado no solo, disponibiliza o ânion sulfato que, em geral, não é retido na camada superficial de solos, sendo lixiviado e carreando perfil abaixo quantidade equivalente de cátions.

Na camada subsuperficial do solo ocorre a troca do Al pelo Ca e a formação do complexo AlSO4+, que não é tóxico para as plantas e diminui a saturação de alumínio nas camadas mais profundas. Desse modo, criam-se condições para que o sistema radicular das plantas se aprofunde e explore melhor o solo, usando com mais eficiência a disponibilidade hídrica, aumentando a absorção de nutrientes e minimizando o efeito de eventual estresse hídrico.

ð Uma tecnologia nova para amenizar os efeitos do estresse hídrico já está disponível no mercado. É o UPDT, comercializado pela UPL CropNutrition, um condicionador de solo à base de polímero vegetal que absorve, mantém e libera a umidade na zona de desenvolvimento radicular das plantas e sementes, de acordo com a necessidade. Sua capacidade de absorver água chega a 500 vezes o seu peso.

A tecnologia UPDT oferece ótimas condições de desenvolvimento para as culturas anuais e perenes, sem causar qualquer efeito adverso. É excelente para floricultura, horticultura, fruticultura, cereais, leguminosas, forrageiras, reflorestamento, casas de vegetação, produção de mudas, em mistura de substratos para plantio, manutenção de vasos, no transporte de mudas, etc.

 

Em campo

Experimentos estão sendo realizados e já se podem notar alguns resultados positivos em culturas perenes, anuais e hortaliças. Experimento realizado na cultura do café, com plantio realizado no dia 23/12/2015 e a primeira avaliação nos dias 26/04/2016, mostra que nesta época a muda do cafeeiro passou por um período de veranico e notou-se que o tratamento onde foi aplicado o UPDT as plantas apresentaram resultado superior, quando se compara com a parcela sem aplicação do UPDT.

O mesmo resultado foi observado na cultura do repolho, que recebeu a aplicação do UPDT.Notam-se plantas mais vigorosas.

Essa matéria você encontra na edição de setembro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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