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Amipa inaugura sua sede em Uberlândia

Crédito Divulgação
Crédito Divulgação

Uma estrutura de primeiro mundo. Esse é o melhor conceito para definir o novo prédio que abriga a sede filial da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), em Uberlândia (MG). A obra custou cerca de R$ 9 milhões e tem mais de 2.500 m² de área construída em um terreno de 6.000 m², localizado no bairro Alto Umuarama II, na zona Leste da cidade.

Para Inácio Carlos Urban, presidente da Amipa, é um orgulho o empreendimento. “Essa é a nossa casa, a casa do produtor, onde conseguimos analisar o nosso produtono laboratório Minas Cotton,para que possamos de fato vendê-lo com qualidade e confiabilidade para a indústria“, diz.

Ocupada desde o ano passado ““ antes a filial funcionava em imóvel alugado na cidade -, a nova sede da Amipa em Uberlândia foiinaugurada oficialmente no dia 30 de março, em evento altamente prestigiado, que contou com a presença dos principais representantes do agronegócio brasileiro do algodão, produtores associados ““ entre eles da agricultura familiar ““ e várias autoridades políticas, entre elas o prefeito municipal Odelmo Leão e o secretário de Estado da Agricultura Pedro Leitão.“Prezo e valorizo muito a agricultura familiar, e fico muito honrado com a presença dos produtores de algodão do norte de Minas“, diz o presidente.

A modernidade e características sustentáveis do novo prédio renderam à Amipa e ao arquiteto autor do projeto arquitetônico, Luiz Márcio, da Destra Arquitetura, o 1º lugar na categoria Projeto Comercial e Predial, na 10ª edição do Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa promovido pela Flex Eventos, em São Paulo, em outubro de 2013, quando a obra estava ainda em construção. O prêmio é o mais importante na área da arquitetura para edifícios corporativos da América Latina.

Evento para apresentação das inovações trazidas pela Amipa - Crédito Luize Hess
Evento para apresentação das inovações trazidas pela Amipa – Crédito Luize Hess

Estrutura sólida

A nova filial da Amipa, erguida em dois pavimentos, abriga o centro administrativo, auditórios com capacidade para 90 lugares, as duas filiais tecnológicasda entidade(um laboratório de análise de fibras de algodão e outro de controle biológico de pragas- Minas Cotton e Biofábrica, respetivamente), museu, área de descompressão, salas de reuniões, entre outras dependências.

A estrutura foi projetada e erguida seguindo um conjunto de medidas que visam a sustentabilidade da edificação, tais como ventilação cruzada, reuso de água e eficiência energética, por meio de células fotovoltaicas.

Essa estrutura é servida por um estacionamento para mais de 70 veículos. No local trabalham diariamente cerca de 25 funcionários, incluindo 21 apenas na Biofábrica. Em período de safra, o número sobe em cerca de 40 trabalhadores, principalmente por conta do aumento das atividades no laboratório Minas Cotton-que é considerado um dos mais modernos e precisos do mundo em análise de fibras do algodão.

Evento para apresentação das inovações trazidas pela Amipa - Crédito Luize Hess
Evento para apresentação das inovações trazidas pela Amipa – Crédito Luize Hess

Evolução da cadeia cotonicultora

Ao longo desses quase 17 anos de trabalho, a associação busca assegurar a produtores associados, algodoeiras, cooperativas, corretoras, indústrias têxteis e governos estadual e municipais um caminho de crescimento e sustentabilidade em toda a cadeia produtiva têxtil do algodão.

Um dos beneficiados foi Neviton Costa Freitas, produtor de algodão nos municípios de Mato Verde, Catutí e Pai Pedro, onde tem 24,5 hectares plantados com a pluma. Ele, que é produtor de algodão desde a década de 70, se associou à Amipa há cerca de oito anos, quando iniciou a cooperativa dos produtores em Catuti. “Há alguns anos fui beneficiado pelos programas governamentais. Existia uma indústria de algodão do governo em Janaúba para beneficiar os agricultores e comercializávamos a produção sem atravessadores, com um bom lucro. Quando não tínhamos para quem vender, precisávamos dos atravessadores, que abocanhavam nossa renda“, conta.

Com a formação da cooperativa de Catuti e com a filiação na Amipa, Nevirton passou a vender sua produção de forma direta, sem atravessadores, e garantiu bons preços, além de técnicos presentes na lavoura para auxiliar no uso de tecnologias. “A Amipa é muito boa para nós, e faz um trabalho muito bonito, com muita organização“, elogia.

Evento para apresentação das inovações trazidas pela Amipa - Crédito Luize Hess
Evento para apresentação das inovações trazidas pela Amipa – Crédito Luize Hess

José Alves de Souza compartilha da opinião do colega. Produtor de algodão no norte de Minas, ele é associado da Amipa desde 2008, e atualmente produz 16 hectares da pluma. “Nos associarmos à Amipa nos ajudou a continuar produzindo algodão. O apoio e o incentivo da empresa nos mantiveram animados, em busca de melhorias. Por sermos associados, temos melhores preços para aquisição de defensivos, por exemplo. A Amipa realmente investe na gente, o que nos dá mais força. Nos oferecem soluções e temos mais facilidade para saber as reais demandas da produção“, diz.

Adelino Lopes Martins, conhecido como Dila, associado da Amipa desde 2007, é produtor de 27 hectares de algodão também no município de Catutí. Ele conta que nesse ano a produção não está boa porque a estiagem foi muito grande. Mas, desde que se tornou associado da Amipa, ele afirma que sentiu melhora no preço do algodão.

“Quando vendíamos por atravessadores, pegávamos 60% do preço do algodão. Agora vendemos o algodão direto para a tecelagem e pegamos o valor total da venda. Faço parte da diretoria da Amipa e tenho muito orgulho disso!“, diz.

 Inácio Carlos Urban, presidente da Amipa - Crédito Luize Hess
Inácio Carlos Urban, presidente da Amipa – Crédito Luize Hess

Alavancada por ações estratégicas que disseminaram em Minas Gerais as melhores tecnologias produtivas utilizadas no País e no mundo, a produção mineira de algodão segue evoluindo e aumentando a sua representatividade no agronegócio estadual, nacional e mundial, com uma produtividade competitiva, nas últimas safras, em relação aos patamares brasileiros.

Diante disso, a Amipa reconhece que tal patamar de evolução da cadeia produtiva mineira do algodão seria inimaginável até alguns anos atrás sem a atuação de parceiros estaduais e nacionais, que juntos ajudaram a associação a viabilizar tanto a criação quanto a manutenção dos diversos projetos para o necessário suporte técnico, tecnológico e administrativo ao cotonicultor associado.

Por consequência, a Amipa se projeta nos cenários nacional e internacional como associação de referência na organização de uma cadeia produtiva agrícola, destacando-se pelo seu apoio aos associados na obtenção de algodão de alta qualidade, hoje reconhecido no exterior, e produzido sob normas mundiais de sustentabilidade.

É assim que a Amipa cumpre os seus firmes propósitos de consolidar cada vez mais a cotonicultura como uma das mais promissoras atividades do agronegócio mineiro e levar o produtor associado a conquistas sempre maiores e mais satisfatórias na cultura do algodão.

Essa matéria você encontra na edição de maio 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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