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Amostragem – O ponto de encontro entre a dúvida e a certeza

 

 

Vinicius Evangelista Silva

Sharlles Christian Moreira Dias

Engenheiros florestais, doutorandos em Solos e Nutrição de Plantas – UNESP Ilha Solteira

João Flavio da Silva

Engenheiro florestal, doutor e gerente de Pesquisa Florestal da Eldorado Brasil

José Geraldo Mageste

Engenheiro florestal, doutor e professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

SalatierBuzetti

Professor de Engenharia Rural e Solos (UNESP- Ilha Solteira)

sbuzetti@agr.feis.unesp.br

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Uma das características ou premissas consideradas em estudos na área de solos é que este é um meio com heterogeneidade espacial variada, sendo condicionado pelo elevado número de fatores que atuam na sua gênese, como por exemplo, clima, material de origem, relevo e idade, e em intensidades diferentes, de acordo com o local.

Tendo em vista esta heterogeneidade, as coletas de solo por ponto inteligente consistem em georeferenciar todos os grids das unidades amostrais de uma fazenda, talhão ou gleba, e associar as análises de solo e seus respectivos atributos a um determinado manejo cultural sítio-específico, como por exemplo, adubação, recomendação de clones ou variedade, etc.

Todo este esforço em coleta, análise e tratamento de dados visa entender o solo como unidade homogênea para o manejo, e consequentemente, considera-se que a área de uma fazenda será subdividida em grids de amostragem de solos.

Amostras simples e compostas

Temos que entender que os grids, como malhas de coleta de amostras simples de solos, formarão amostras de solos compostas, geralmente de 10 a 20 amostras simples para uma composta.

Dessa forma, o tamanho dos grids depende fortemente da variabilidade dos atributos do solo, que variam muito de região para região, podendo oscilar de 0,5 a 100ha por amostra composta.

A definição dos tamanhos ótimos dos grids depende de estudos de geoestatísticalocais para avaliar a variabilidade espacial dos atributos de solo, por meio da análise de semivariogramas.

Solo heterogêneo

Não existe um consensoentre os pesquisadores, e dificilmente existirá, sobre quais atributos de solo ou de plantas são mais importantes para maximizar a produtividade, mas apenas o entendimento que o mesmo é heterogêneo e não pode ser manejado com apenas um pacote tecnológico.

Sendo assim, na prática as empresas florestais costumam atribuir o tamanho dos grids à dimensão do talhão, que costuma variar de 10 a 100ha por grid.

Vantagens

Atualmente, a agricultura ou silvicultura de precisão é amplamente difundida, devido a possibilitar a aplicação dos insumos de forma racional e espacializar o manejo de acordo com a microfertilidade dos solos, consequentemente, uniformizando as plantações agrícolas e florestais.

Podemos imaginar isto com facilidade se fizermos um comparativo dos plantios de eucalipto da década de 1990 aos plantios atuais, períodopré-agricultura de precisão. Percebemos que os plantios atuais são mais uniformes, e muitas vezes mais produtivos.

Pode-se atribuir parte desses ganhos à agricultura de precisão. Um bom exemplo de que a questão da uniformidade ganhou importância é que atualmente existem alguns estudos visando identificar os melhoresíndices de uniformidade para avaliar os plantios (coeficiente de variação, coeficiente de gini, curtose, etc.), e qual o seu impacto na produtividade das culturas.

Manejo

A partir da definição dos grids, atributos de solos a serem manejados e recomendações potenciais, o desafio passa a ser o desenvolvimento de equipamentos para aplicação da tecnologia, como por exemplo, controladores de vazão de fertilizantese de aplicação de herbicidas.

Estes equipamentos devem ter precisão suficiente para reconheceros pontos georreferenciados na etapa de coleta de solo, bem como garantir que as doses recomendadas tenham pequenas variações (idealmente abaixo de 5%).

Investimento

O custo da coleta de solo por ponto inteligente depende muito do tamanho dos grids, ou seja, os menores oferecem custos maiores devido à intensidade amostral ser maior, e assim onerar as coletas, bem como aumentar o número de análises de solo percentualmente por área. Por exemplo, para coletas com grids de 10 ha (uma amostra simples para cada 0,5 ha), tem-se custo médio associado de R$ 13,00/ha, enquanto para grids de 40 ha tem-se um custo médio de R$ 8,00/ha.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro/outubro 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua para leitura integral.

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