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Apesar da crise, agronegócio brasileiro se destaca

 

José Otavio Menten

Diretor financeiro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior (ABEAS), engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Agronomia, pós-doutorados em Manejo de Pragas e Biotecnologia, e professor Associado da ESALQ/USP

 Crédito Shutterstock
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Apesar da grave crise econômica, política e ética que o Brasil vive, o agronegócio continua a crescer. Enquanto o PIB do Brasil, em 2015, sofreu redução de 3,8%, o agro cresceu 1,8%. Produzimos mais de 200 milhões de toneladas de grãos.

O VBP (Valor Bruto da Produção), incluindo produção vegetal e animal, foi de R$ 511,45 bilhões e as exportações, de US$ 88,2 bilhões, representaram 48% do total, possibilitando uma balança comercial positiva, melhor que em 2014.

A previsão para 2016, apesar do crescimento mais moderado da economia mundial acompanhada pelo consumo das commodities agrícolas, é que a produção de grãos atinja 211,3 milhões de toneladas, 0,9 % maior que em 2015, e o VBP deve ser de R$ 515 a 530 bilhões, superando 2015.

Brasil x mundo

O Brasil é considerado o celeiro do mundo. As expectativas são de que sejamos o país que mais vai contribuir para a produção de alimentos até 2050, visando atender a demanda mundial. O Brasil é importante produtor de soja, milho, cana, café, algodão, fumo, papel/celulose, citros, fumo, carne bovina, frango e suínos, etc.

A demanda por grãos deve continuar crescendo no mundo. Na safra 2014/15, a produção mundial dos cinco principais grãos (milho, trigo, arroz, soja e cevada) foi de 2.649,3 milhões de toneladas, e o consumo foi de 2.595,2 milhões de toneladas.

O Brasil se destaca na produção de soja e milho. De acordo com o USDA, a produção mundial de soja em 2014/15 foi de 318,6 milhões de toneladas, sendo o Brasil o segundo maior produtor, com 96,2 milhões de toneladas. O consumo foi de 299,4 milhões de toneladas, sendo nosso país o maior exportador, com 50,6 milhões de toneladas.

Para a safra 2015/16, os estoques mundiais previstos são de 78,9 milhões de toneladas, e o Brasil deve ampliar a liderança nas exportações (58,0 milhões de toneladas). Para um consumo mundial de 315,7 milhões de toneladas, a produção será de 320,2 milhões de toneladas e o Brasil será o segundo maior produtor, com 100 milhões de toneladas.

Ainda de acordo com o USDA, a produção mundial de milho, em 2014/15, foi de 1.009,7 milhões de toneladas, sendo o Brasil o terceiro maior produtor (85 milhões de toneladas). O consumo mundial em 2014/15 foi de 961,6 milhões de toneladas, sendo o Brasil o segundo maior exportador (34,5 milhões de toneladas).

Para a safra 2015/16 estimam-se estoques mundiais de 207 milhões de toneladas e o Brasil deve continuar sendo o segundo maior exportador (28 milhões de toneladas). O consumo previsto é de 967,8 milhões de toneladas e a produção de 969,6 milhões de toneladas, com o Brasil se mantendo como o terceiro maior produtor mundial (84 milhões de toneladas).

O aumento do consumo vai continuar estimulando as exportações. Apesar dos problemas logísticos e de infraestrutura, o custo de produção brasileiro é competitivo com os demais grandes produtores mundiais, como os EUA, China, Argentina, etc.

Os principais investimentos devem ser em logística e infraestrutura. Na outra ponta, o produtor deve continuar a incorporar tecnologias inovadoras, visando o aumento da produtividade e redução do custo de produção.

Essa matéria você encontra na edição de agosto 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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