O indÃcio de que o brasileiro irá desembolsar mais em tributos em 2016 vem sendo debatido desde o início do ano, isso porque a Receita Federal declarou que, a princÃpio, a tabela de Imposto de Renda (IR) não seria reajustada. De acordo com simulações realizadas pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), e divulgadas recentemente, a medida adotada pelo governo pode fazer com que o contribuinte pague de 5% a 26% a mais em IR, se comparado ao ano passado.
Na atividade agrícola, ramo que vem se mantendo mesmo em meio à crise, minimizar ou simplesmente equilibrar determinados custos não depende exclusivamente do produtor. O gasto com insumos, que pode variar de acordo com o aumento do dólar, do descontrole da economia e da perda de valor do real, é um dos fatores que mais impacta a rentabilidade. Por serem produtos essenciais no desenvolvimento da atividade, acabam sendo suportados pelo produtor, independente das oscilações econômicas.
Outros elementos, como a própria inconstância de mercado e os fenômenos climáticos, influenciam o resultado final dos negócios rurais. Porém, de todos, a tributação é o que mais assusta o produtor, apresentando um custo maior. No entanto, é um dos únicos que pode ser controlado pelo agricultor. Para que esse custo com impostos seja reduzido, no resultado do negócio, assim como em transações imobiliárias, é fundamental que gestor da propriedade e/ou sua estrutura administrativa conheça a legislação fiscal que permite reduzir o seu custo tributário.
A consultora tributária em empresas rurais da Safras & Cifras, Ana Paiva, lembra que assim como algumas empresas são especializadas em orientar os produtores no manejo de suas lavouras, existem consultorias que atuam especificamente junto ao setor agrícola brasileiro, orientando e assessorando tributariamente as empresas rurais, objetivando com isso reduzir, através de legislações específicas para o setor, os custos com impostos.