Autores
Mônica Bartira da Silva
monica.bartira@gmail.com
Luan Fernando Ormond S. Rodrigues
Engenheiros agrônomos e doutores em Agronomia
Alexandre Rodrigues Mansano
Biólogo e mestre em Agronomia
O Brasil exportou cerca de 19,8 milhões de toneladas de açúcar. O país é um grande produtor de cana, porém, sua produtividade é considerada muito baixa em relação ao potencial da cultura, o que torna necessário a busca e incentivo ao uso de novas técnicas que sejam capazes de aumentar as produtividades e também a qualidade tecnológica no processo de produção da cana-de-açúcar, gerando maiores rendimentos e rentabilidades aos produtores e as indústrias.
Boa parte desses índices de produtividade estão relacionados aos procedimentos de adubação, se destacando a adubação nitrogenada. Como o nitrogênio é um nutriente essencial à planta, pois é parte constituinte de todos os aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos, participa direta e/ou indiretamente de vários processos bioquímicos, além de fornecer energia necessária à produção de carboidratos e esqueletos carbônicos, seus teores na planta refletem diretamente em seu desenvolvimento e rendimento, além de influenciar na umidade e concentração de sacarose dos colmos.
Como o N tem baixa disponibilidade, principalmente em solos tropicais e subtropicais, o mercado brasileiro de fertilizantes é frágil e com grande dependência de importações, o que torna evidente a necessidade de aumentar a eficiência do uso deste nutriente.
A partir disto, a associação com microrganismos ganha uma relevância imensa. Não é novidade que alguns desses microrganismos são capazes de transformar o N presente na atmosfera em forma assimilável para a planta (amônia – NH3), sendo essa transformação denominada de fixação biológica de nitrogênio (FBN).
A interação entre plantas e microrganismos fixadores de N, denominada endossimbiose, é determinada em parte pelo genótipo da planta que serve como abrigo, proporcionando ambiente com umidade favorável e proteção contra dessecação, temperatura e estresse luminoso, enquanto a bactéria fornece o N.
A planta também disponibiliza compostos de carbono, como glicose, frutose e sacarose, que servem de alimento para esses microrganismos.
Bactérias diazotróficas
Dentre esses microrganismos, as bactérias diazotróficas são aquelas capazes de fixar o nitrogênio atmosférico, podendo viver livre no solo, associadas a espécies vegetais, tanto na rizosfera quanto endofiticamente, bem como formar simbioses, como ocorre em muitas leguminosas. As bactérias fixadoras de nitrogênio podem colonizar a região rizosférica, o interior (endofíticas) ou a superfície (epifíticas) de tecidos vegetais, inclusive em plantas de cana-de-açúcar.
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