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Benefícios do uso de fosfito de potássio via foliar no abacate

Edypol Guilherme Baptista

Mestre em Fitotecnia ““ ESALQ/USP

Mariana Freire Alberti

Mestranda do PPG Fitotecnia ““ ESALQ/USP

mariana.falberti@gmail.com

Crédito Luize Hess
Crédito Luize Hess

A aplicação de fosfito de potássio, além de fornecer um aporte de nutrientes à cultura, pode proporcionar maior sanidade à planta.

O míldio, cujo agente causal é o fungo Peronospora sp., assim como o oídio causado pelo fungo Oidiumperseae, são doenças que ocorrem de modo geral em folhas, sem causar grandes prejuízos.

A principal consequência da ocorrência de tais patógenos é a redução da área fotossintética. Desta forma, medidas de controle são demandadas apenas em casos extremos.

O oposto é observado quando falamos da podridão radicular ou gomose, causada por PhytophthoracinnamomiRands, que representa a principal doença da cultura, presente em basicamente todas as áreas produtivas.

Os sintomas se iniciam nas radicelas mais jovens, que se tornam necróticas e incapazes de absorver água e nutrientes, podendo levar à morte da planta. Os reflexos na parte área são observados com o avanço da doença e são representados pelo amarelecimento e murcha foliar, ocorrência de frutos pequenos e queimados pelo sol, morte de ponteiros e intenso desfolhamento.

Sintomas em campo

Os sintomas de míldio, de modo geral, são observados nas folhas, por meio do surgimento de manchas amarelas em sua parte superior, translúcidas contra a luz do sol, com aspecto encharcado.

Basicamente, tais sintomas são reflexo da esporulação branca do fungo na parte inferior da mancha, que apresenta aparência semelhante ao algodão. Em casos extremos de ataque severo, tais sintomas podem evoluir para a necrose da folha.

Os sintomas da gomose são representados pelo escurecimento seguido de necrose das radicelas, os quais, com a evolução da doença, podem atingir raízes mais velhas e comprometer todo o sistema radicular.

As consequências do enfraquecimento e da debilidade do sistema radicular se refletem na parte aérea da planta, com o surgimento de murcha foliar, morte de ponteiros, redução no tamanho e número de frutos. A evolução dos sintomas pode culminar na morte das plantas atacadas.

 Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Condições para o ataque

As condições ideais para a ocorrência de míldio consistem em temperaturas amenas (próximas de 25°C) e alta umidade relativa (acima dos 70%), enquanto a ocorrência de PhytophthoracinnamomiRands está associada a temperaturas mais amenas, excesso de umidade no solo, drenagem ineficiente, baixo pH e solos pobres em nutrientes.

O fosfito de potássio

A aplicação de fosfito de potássio, além de fornecer um aporte de nutrientes à cultura, pode proporcionar maior sanidade à planta. Estudos apontam que aplicações de fosfito de potássio, combinadas ou não com calcário dolomítico ou gesso, auxiliaram na recuperação parcial de abacateiros “˜Hass’ afetados por PhytophthoracinnamomiRands.

Outros estudos apontam também que em cultivares tardias, como a “˜Margarida’, a aplicação de fosfito de potássio pode resultar em uma floração mais numerosa e consequente aumento de produção.

Manejo

A aplicação geralmente é feita via foliar, com a utilização de atomizadores acoplados em tratores para que haja maior rendimento e rapidez na aplicação quando comparado à pulverização manual. De modo geral, utiliza-se baixo volume de calda, diluindo-se uma determinada quantia de fosfito de potássio em água.

A aplicação deve ser feita em dias com pouco vento para evitar a perda do produto por deriva, o risco de contaminação de propriedades vizinhas e até mesmo outras culturas que estejam ao redor.

Além disso, deve-se dar preferência a dias secos, sem previsão de chuvas, pois a ocorrência de tal fenômeno climático em um período de até quatro horas após a aplicação pode promover a lavagem do produto.

O equipamento deve estar regulado para possibilitar que a mistura seja direcionada à cultura em gotículas muito pequenas, semelhantes à névoa. Além disso, o operador deve preocupar-se em posicionaro equipamento o mais próximo possível das plantas durante a operação.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de fevereiro 2018  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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