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Bioativador de solo reduz nematoide em feijoeiro

 

A bioativação de solo e das plantas é um conceito diferenciado para aumentar a eficiência do sistema produtivo.

 

Bioativador de solo reduz nematoide no feijoeiro - CréditosShutterstock
Bioativador de solo reduz nematoide no feijoeiro – CréditosShutterstock

O maior problema enfrentando pelo feijão de terceira época, que começou a ser plantado no fim de maio em pivô central, são as doenças de solo, que são agravadas em função da diminuição da bioativação do solo. Àmedida que se trabalha uma monocultura ou uma sucessão sem rotações de cultivos, com grandes aplicações de adubos e de defensivos, a ativação biológica do solo diminui, abrindo porta para os microrganismos causadores de doenças, como fusário, sclerotinia e nematoides que atacam as raízes das plantas.

Segundo Tarcísio Cobucci, engenheiro agrônomo, doutor em Fitotecnia e diretor técnico da Integração Agrícola, à medida que o produtor inicia um manejo que aumenta a ativação biológica, seja com uso de coberturas ou de produtos, ou até a adoção de microrganismos naquele ambiente, a bioativação total do solo (dos microrganismos) é melhorada, iniciando também um processo de supressão de microrganismos que vão causar doenças.

Ambiente supressivo é fundamental

A bioativação nada mais é do que ativar a vida do solo. “Podemos ativar a planta a ter resistência a doenças, à maior capacidade de absorver nutrientes do solo, e até ativar os microrganismos para competir com os que são maléficos. Isso tudo é uma bioativação“, esclarece Tarcísio Cobucci.

Tudo começa com o aumento da matéria orgânica do solo, continua com a rotação de culturas edepois com a colocação de coberturas que tenham maior capacidade de fixar nitrogênio dentro do sistema. “Não adianta colocar só palha se não tem o nitrogênio na incorporação para aumentar a matéria orgânica, e aumentar a microbiota do solo também é importante“, considera o profissional, quando à condição para aumento da matéria orgânica.

Manejo

No manejo é preciso associar coberturas, plantas e espécies em diferentes características, com diferentes sistemas radiculares de profundidade, ou seja, plantas que tenham mais nitrogênio dentro da biomassa.

Tarcísio Cobucci recomenda que o produtor trabalhe com crotalária, trigo morisco e o mix não só de uma cobertura, mas de várias plantas, pois algumas oferecerão cadeia de carbono, outras mais nitrogênio, ou seja, é importante juntar as duas dentro dessa cobertura.

Quanto a produtos disponíveis no mercado, alguns trabalhos mostram resultado no aumento da vida no solo, e outros que são microrganismos, os quais, quando aplicados, aumentam a bioativação. “Para o aumento da matéria orgânica do solo e, consequentemente, aumento da vida do solo, é preciso implementar várias ações“, enfatiza.

A bioativação nada mais é do que ativar a vida do solo - CréditosShutterstock
A bioativação nada mais é do que ativar a vida do solo – CréditosShutterstock

Na prática                 

A ativação biológica do solo é uma prática muito antiga. “Temos realizado alguns trabalhos que associam coberturas a um produto ativador biológico de solo mostrando aumentoda ativação como um todo, diminuição do ataque de nematoides à raiz da planta, de problemas com fusarium, refletindo em aumentode enraizamento da planta e da produtividade do feijão que chegam a 30%“, relata Tarcísio Cobucci.

Ainda segundo ele, os resultados dependem do estado inicial do solo. Em casos de problemas seriíssimos com nematoides e fusarium, por exemplo, os índices são de 30 a 40% de ganho em produtividade, o que foi comprovado em experimentos na região do Cerrado, em Unaí (MG).

“O grande problema dos pivôs são as doenças de solo, e os produtores estão conseguindo superar o problema coma bioativação.Essa é a grande saída, e o resultado acontece ano após ano“, finaliza o especialista.

Essa matéria você encontra na edição de junho da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira a sua.

 

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