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sábado, setembro 21, 2024
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Biofertilizantes – Você já conhece?

Joara Secchi Candian

Natália de Brito Lima Lanna

Bacharéis em Agroecologia e doutorandas em Agronomia (Horticultura)

Antonio Ismael Inácio Cardoso

Professor da UNESP/FCA ““ Departamento de Horticultura, Botucatu (SP)

ismaeldh@fca.unesp.br

Crédito Luize Hess

Ainda que sejam utilizados apenas como fertilizantes, os biofertilizantes assumem papel importantíssimo no surgimento de pragas, uma vez que o aparecimento de determinados organismos ocorre diante de um desequilíbrio nutricional, como é o caso dos pulgões, por exemplo.

Apesar de seu aparecimento ser também influenciado pela baixa umidade e temperaturas amenas para quentes, plantas com excesso de nitrogênio são mais atrativas a estes afídeos, uma vez que a seiva elaborada de uma planta em desequilíbrio terá mais açúcares e aminoácidos livres, essenciais para sua sobrevivência, sendo um prato cheio para os pulgões, que não conseguem desdobrar proteína em aminoácidos.

 

Origem animal

A calda viçosa combate com eficiência a esclerotínia em alface

Além de ser uma excelente fonte de nutrientes, a urina de vaca faz parte da formulação de biofertilizantes comerciais, por ser rica em nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês, boro, cobre, zinco, sódio, cloro, cobalto, molibdênio, alumínio, fenóis e ácido indolacético (hormônio natural de crescimento). Para sua utilização, a mesma deve ficar armazenada por três dias antes de ser diluída e aplicada na lavoura, durando até um ano.

Sua pulverização auxilia na resistência das plantas a cochonilhas, pulgões, ácaros e lagartas, além de ficarem mais saudáveis e combater doenças como requeima, antracnose, pinta-preta e pústula bacteriana.

 

Caldas

Como fungicida, a calda viçosa é indicada para controle de míldio em alfce – Crédito Luize Hess

As caldas, em sua maioria preparadas de maneira caseira, além de combaterem as pragas e doenças que estão causando danos à lavoura, servem como adubos foliares, repelentes e/ou atrativos de insetos. Como exemplos mais comuns temos a calda bordalesa, calda viçosa e calda sulfocálcica.

Oriundo da mistura de sulfato de sobre e cal virgem ou hidratado, temos a calda bordalesa, uma suspensão de cor azul utilizada no controle de doenças fúngicas. Este preparo necessita da ocorrência de uma reação neutro ou levemente alcalina, podendo ser utilizada em no máximo 24 horas após o preparo.

Sua aplicação não deve ser realizada em dias nublados e úmidos. Assim como a calda viçosa, sua eficácia é alto no combate a doenças de cucurbitáceas, manchas foliares e míldios em alface, alho, cebola, chicória e couve, cercosporiose em beterraba, esclerotínia em alface e chicória e mancha de alternária e requeima em tomate.

A calda viçosa, utilizada preventivamente em hortaliças, é oriunda da calda bordalesa. Seu preparo é feito utilizando-se cal, sulfato de cobre, ácido bórico, sulfato de magnésio e de zinco. Devido à presença de sais minerais, também exerce a função de adubo foliar, sendo recomendada para as mesmas finalidades da calda bordalesa.

A calda sulfocálcica, como o nome já diz, é à base de enxofre e cálcio, os quais são dissolvidos em água fervente e aplicados diluídos na planta para combater doenças fúngicas e pragas como ácaros, cochonilhas e outros insetos. Vale ressaltar que as aplicações devem ser feitas em períodos mais frescos, pois em temperaturas elevadas pode ser fitotóxica para cucurbitáceas e plantas de outras famílias, sendo indicado um teste antes da utilização em maior número de plantas.

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro  de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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