Autores
Herika Paula Pessoa
herika.paula@ufv.br
Françoise Dalprá Dariva
fran_dariva@hotmail.com
Engenheiras agrônomas, mestras e doutorandas em Fitotecnia – Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Ronaldo Machado Junior
Engenheiro agrônomo, mestre em Fitotecnia e doutorando em Genética e Melhoramento – UFV
ronaldo.juniior@ufv.br
A busca por variedades de tomate diferenciadas e de alto valor agregado pode trazer resultados ainda mais satisfatórios aos horticultores, tanto em campo quanto na hora da comercialização. Agora, o ºbrix e a alta produtividade são o foco buscado pelos produtores, demarcando uma das tendências futuras para o mercado da horticultura.
Mais sabor
Nos últimos 20 anos, o Brasil apresentou aumento de 41% na produtividade na cultura do tomate. Em 2017, ocupou o 10° lugar no ranking mundial dos países produtores de tomate, com produtividade de 68,7 t.ha-1 (Faostat, 2019). Essa produtividade se deve, principalmente, à comercialização em larga escala de sementes híbridas portadoras do gene rin (denominado “longa vida”). Entretanto, além de plantas mais produtivas, o mercado consumidor passa a exigir também tomates mais saborosos e de melhor qualidade.
Os híbridos lançados recentemente, além de apresentarem altas produtividades, seguem uma nova tendência de mercado, com frutos com melhores características visuais e sensoriais, entre as quais se destaca o alto teor de sólidos solúveis totais (SST), medido em ˚Brix, uma das mais importantes em termos de comercialização do produto.
Tomates com altos teores de SST apresentam sabor mais adocicado, o que aumenta sua aceitação pelo público consumidor. No que se refere ao processamento industrial, quanto maior o teor de SST no fruto de tomate, menor é a quantidade de energia gasta no processo de concentração (retirada de água) da polpa, o que reduz o custo de produção de molhos e extratos.
Estima-se que o rendimento industrial aumenta de 10-20% a cada ºBrix incorporado ao fruto. Assim, observa-se hoje uma demanda crescente por cultivares que sejam altamente produtivas e que, ao mesmo tempo, apresentem frutos com alto ºBrix.
Realidade
Várias pesquisas estão sendo desenvolvidas nos programas de melhoramento da cultura, por empresas públicas e privadas, para a obtenção de novas cultivares. Os híbridos de tomate de mesa disponíveis no mercado, atualmente, possuem em média 3,6 a 5,0 ºBrix.
Os tomates da linha gourmet, tipo “cereja”, se destacam por serem muito produtivos e pelo seu elevado ºBrix, cerca de 12%. Pesquisas mostram que cultivares desta linha possuem ótimos atributos sensoriais (textura, cor e sabor), de conservação pós-colheita e de produtividade. Para os produtores que visam o segmento de produtos diferenciados, esses materiais se destacam como promissores.
Manejo
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