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Brix e alta produtividade – Tendência na tomaticultura

 

Carlos Antônio dos Santos

Engenheiro agrônomo e doutorando em Fitotecnia ““ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

carlosantoniods@ufrrj.br

Cíntia Luiza Batalha Xavier

Engenheira agrônoma e mestranda em Fitotecnia – UFRRJ

cintiaxavier@ufrrj.br

Margarida Goréte Ferreira do Carmo

Engenheira agrônoma, doutora em Fitopatologia e professora – UFRRJ

gorete@ufrrj.br

Crédito Grupo Trebeschi
Crédito Grupo Trebeschi

A busca por variedades de tomate diferenciadas e de alto valor agregado pode trazer resultados ainda mais satisfatórios aos horticultores, tanto em campo quanto na hora da comercialização. Agora, o ºbrix e a alta produtividade são o foco buscado pelos produtores, demarcando uma das tendências para o mercado da horticultura.

O tomate é uma das principais hortaliças cultivadas no Brasil e no mundo. Por estar presente quase todos os dias na mesa da população, seja na forma de salada, molhos ou massas, é considerado um alimento cosmopolita, versátil e com grandes propriedades nutricionais.

Nos dias atuais, a produção e comercialização do tomate tem sido inovadora, buscando-se maior eficiência no processo produtivo e a imersão em mercados de melhor valor agregado, como forma de se alcançar melhor lucratividade. Dentro dessa ótica, uma nova tendência na tomaticultura tem sido a utilização de cultivares com características diferenciadas, como alto teor de sólidos solúveis totais (ºBrix), formato e cores diferenciadas, sabores pronunciados, aliado à utilização de novas tecnologias, visando agregar em qualidade e produtividade.

Foco

O teor de sólidos solúveis, que é expresso em ºBrix, é o atributo relacionado ao sabor mais adocicado do fruto, resultado de uma boa relação entre açúcares e ácidos totais nos frutos de tomate.

Quanto maior o °Brix encontrado na análise do fruto, maior será o sabor adocicado do tomate, por possuir menor quantidade de água e maior proporção de sólidos. Ainda, valores elevados de °Brix são importantes no processamento industrial do tomate e na produção de molhos caseiros.

Os açúcares são um dos principais constituintes responsáveis pela qualidade dos frutos de tomate, sendo esses influenciados por fatores como a genética da cultivar, e também pela adubação, temperatura e irrigação utilizadas durante todo o cultivo.

Portanto, ao produtor que deseje a obtenção de frutos com esse diferencial marcante ao paladar, é necessário escolher uma cultivar adequada e manejá-la de modo que possa expressar em plenitude essa característica.

Além do teor de sólidos solúveis, atualmente tem-se buscado cultivares e tecnologias de cultivos que potencializem a produtividade de frutos. Entretanto, sabe-se que o tomateiro é uma planta vulnerável ao ataque de pragas e doenças, caso não seja manejado corretamente, e exigente em nutrientes, em boas condições de temperatura e disponibilidade de água.

Dessa forma, o cultivo em condições de estresses ou com algum tipo de limitação pode fazer com que a planta não expresse completamente o seu potencial produtivo, mesmo ao se utilizar cultivares de alto desempenho. Portanto, para os sistemas tecnificados, eficientes e voltados à obtenção de excelentes índices produtivos, todos esses aspectos devem ser atendidos adequadamente.

Tendências

A oferta de tomates diferenciados e produtivos tem crescido acentuadamente nos dias atuais como forma de atender as necessidades de consumidores mais exigentes em sabor e qualidade, que experimentam e aprovam esses novos sabores e estão dispostos a pagar mais por isso.

Ou seja, há uma valorização do sabor original do tomate, que pode ser ainda mais expressiva quando o fruto for produzido em sistemas de produção mais sustentáveis, como o sistema orgânico.

Dentre os diferentes segmentos de tomate que mais têm sido valorizados pelo mercado estão os ditos tomates “grape“ e cereja, com sabor marcante, adocicados e consumidos em porções individualizadas; tomates com formatos diferenciados e sabores pronunciados, além do tomate do tipo italiano. Este, por sua vez, se destaca por sua versatilidade culinária, sendo consumido em saladas, molhos ou na forma de tomate seco.

Ambos têm encantado o consumidor pelo seu sabor e beleza, razão que os tornam presença certa em ornamentação de pratos.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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