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Café se beneficia da inovação no campo

A colheita mecanizada, além de uma necessidade se configura na atualidade como um diferencial no processo produtivo. E a mecanização de precisão vem trazer mais incremento para a o cultivo do café

 

 Fotos Jacto
Fotos Jacto

A mecanização dos cafezais tem provocado uma transformação na produtividade, tornando as operações mais rápidas e precisas. Para que todo esse ganho seja alcançado pelo produtor, é necessário experimentar um novo modelo de cafeicultura, que vai desde a incorporação de novos materiais genéticos, irrigação, sistematização das lavouras com podas e até espaçamentos diferenciados. Esses fatores têm trazido ganhos consistentes de produtividade e qualidade para a cafeicultura brasileira.

De acordo com Walmi Gomes Martin, gerente de produto do segmento de colhedoras da Jacto, atualmente, cerca de 25% de todo o café produzido no Brasil é colhido mecanicamente e as lavouras que fazem uso desta tecnologia são as que elevam a média nacional.

Este percentual vem subindo a cada ano, com as renovações das lavouras cafeeiras de modo que se faça uso da mecanização plena, adubação, poda, pulverização, controle de ervas daninhas, colheita do café na árvore e no chão, dentre outras operações, mas também está havendo a migração das lavouras para topografias mais planas. O próprio Sul de Minas ainda tem muitas áreas planas para a expansão da cafeicultura mecanizada, sendo uma região muito importante para o setor.

Aproximadamente 35% de todo café consumido no mundo é brasileiro. Esse fato se deve à grande competência do Brasil na produção, amparado por um pacote tecnológico que garante a sustentabilidade do nosso café arábica. Outro fator fundamental para a permanência do Brasil como líder mundial na produção e comercialização do grão é a mecanização.

Ainda falando sobre melhorias do processo mecanizado para as lavouras, ele destaca que o modelo permite que a colheita seja realizada de forma rápida e no melhor momento de qualidade do café, sem contato com o solo.

Para se ter uma ideia, uma colhedora pode colher entre 8 mil a 12 mil litros de café de roça por hora trabalhada. A cada 8 horas realiza o trabalho de 80 a 100 homens com a mesma jornada de trabalho.

 

A evolução da mecanização

           

A K 3500 é equipada com 06 câmeras que auxiliam nas operações de alinhamento da máquina em relação ao tronco das plantas - Fotos Jacto
A K 3500 é equipada com 06 câmeras que auxiliam nas operações de alinhamento da máquina em relação ao tronco das plantas – Fotos Jacto

Em termos de tendências e pesquisas para o mercado do café, Martin faz uma análise do setor desde o lançamento da primeira colhedora, em 1979, e de como as mudanças na própria economia impactaram a produção e exigem equipamentos cada vez mais precisos, e, sobretudo, que vislumbrem uma nova forma de colheita, pensando na possibilidade do adensamento do café.

A primeira colhedora de café do mundo foi desenvolvida pela Jacto e lançada em 1979. Tardou quase 15 anos para que o mercado percebesse as vantagens da colheita mecanizada e todos os benefícios do pacote de mecanização que esta técnica possibilita. A partir da segunda metade da década passada, com a carência crescente de mão de obra no campo, o mercado começou a caminhar consistentemente.

“Novas tecnologias sempre estão surgindo e as linhas de pesquisas são muitas. A cada ano teremos novidades surgindo, gerando maior valor agregado aos nossos clientes. A maior tendência que estamos visualizando será uma nova revolução, ou seja, um novo modelo de cafeicultura adensada, mas mecanizada“, explica Walmi Martin.

Um exemplo de equipamento que procura atender todas essas variáveis, com foco na redução de custos e produtividade, é a K 3500. O equipamento veio inaugurar um novo momento para a mecanização do café: a mecanização de precisão. Uma máquina de múltiplo uso desenvolvida para trabalhar a maior parte do ano, realizando as operações de colheita em espaçamentos tradicionais e adensados, além de pulverização e poda.

A K 3500 é um  veículo automotriz  modular, adaptável às várias fases da lavoura de café que exige maquinário. O equipamento permite acoplar individualmente os sistemas de colheita, pulverização e poda. Suas inovações permitem o aumento de pelo menos 20% na produtividade e seus benefícios conjuntamente geram ganhos de 33% de economia em relação ao modo de operação tradicional.

Walmi Martin comenta que o agricultor hoje, para ser competitivo, precisa buscar não apenas o aumento da produtividade ““ o que já é um assunto amplamente debatido –  mas sobretudo melhorar a qualidade de seus produtos. A colheita mecanizada do café reduz os custos de produção, uma vez que otimiza a mão de obra fixa da fazenda, além de permitir uma colheita mais rápida e um produto de melhor qualidade pela redução da janela de colheita.

 

K 3500: precisão e tecnologia

A K 3500 possui baixo centro de gravidade, permitindo operar em terrenos com até 20% de declividade, proporcionando alta eficiência e segurança, com maior utilização da colheita mecanizada e reduzindo custos.

Essa colhedora é dotada de maior recurso de ajuste hidráulico de nivelamento e altura, que permite ao operador encontrar o melhor posicionamento durante as operações de acordo com o porte das plantas e as condições do terreno.

Com um projeto inovador, o novo sistema de direção permite esterçamento igual para ambos os lados de até 85º, permitindo manobras ágeis mesmo em plantios com ruas curtas, devido ao pequeno raio de giro.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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