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Campos de produção de sementes não pode ter ervas daninhas

Autores

Amanda Carvalho Penido
apenidoufla@gmail.com
Laís Sousa Resende
sialresende@gmail.com
Engenheiras agrônomas e mestras em Agronomia/Fitotecnia – Universidade Federal de Lavras (UFLA)

A semente constitui o principal veículo de tecnologia a ser transferida para o produtor rural e representa altos ganhos econômicos ao setor agrícola. Nos últimos anos, aumentou a demanda por sementes sadias e de alta qualidade, de baixo custo e livre de pragas, devido, principalmente, à maior exigência do mercado consumidor. Para atender a este mercado, a produção de sementes no País se constitui em atividade agrícola especializada e de alto nível tecnológico.

O estabelecimento do campo de produção de sementes requer várias medidas que o diferenciam do campo de produção de grãos, em termos de pureza genética, física, fisiológica e sanitária da cultivar, pois é nessa etapa que são avaliados se esses fatores atendem aos padrões de qualidade estabelecidos para cada cultura.

Dentre alguns problemas passíveis de se encontrar no campo de produção, destaca-se a presença de plantas daninhas. Estas podem ser definidas como qualquer planta que ocorre em local indesejado (Shaw, 1956). Além da competição por recursos naturais como água, luz e nutrientes com a cultura principal, as plantas daninhas podem ser hospedeiras de pragas e doenças; e principalmente contaminar e condenar o campo de produção de sementes.

Tipos de contaminação

Para atingir os padrões de qualidade estabelecidos para cada cultura são realizadas inspeções ou “vistorias” de campos, em épocas adequadas, para assegurar medidas eficazes e necessárias a fim de evitar a contaminação física e genética da cultura.

A contaminação genética ocorre quando as plantas de outras cultivares da mesma cultura podem polinizar a cultura principal e fazer com que esta produza sementes. Esse cruzamento indesejado altera a constituição genética da semente, que deixa de ser representante da cultivar em produção.

Logo, a contaminação genética pode ser resumida em um grão de pólen indesejável e é mais provável de ocorrer em espécies com maior taxa de fecundação cruzada. Apesar de não ser um tipo de contaminação causado pelas plantas daninhas, ocorre facilmente, como em situações de cruzamentos indesejáveis vindo de outro campo de produção ou, por exemplo, em uma autofecundação no campo masculino, no caso da produção de sementes híbridas.

A contaminação física ocorre quando há a mistura de sementes de cultivares diferentes dentro de uma mesma espécie. Esse tipo de contaminação não altera o genótipo da cultura e geralmente é de fácil eliminação, pois é possível remover mecanicamente as sementes no beneficiamento.

Nesse caso, têm-se as tigueras (plantas que persistem na lavoura provenientes do cultivo anterior), que podem ocasionar esse tipo de contaminação. Como exemplo, tem-se a contaminação por meio do feijão preto (tiguera) em campo de produção de feijão carioca.

Apesar do feijão (Phaseolus vulgaris) não ser considerado uma planta daninha verdadeira, como este ocorreu em local não desejado, é caracterizado como tal, e pode ser chamado de planta atípica.

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