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Castanhal Conquista Selo “Fair Trade“

Empresa é a primeira fabricante de sacos de juta no mundo a ser certificada pela Aliança de Sustentabilidade para o Comércio Justo – FairTSA

 

Crédito Castanhal
Crédito Castanhal

A Castanhal, maior fabricante de produtos de juta do Brasil, conquistou o selo “Fair Trade“ da Aliança Sustentável para o Comércio Justo (FairTSA, na abreviatura em inglês). É a primeira fabricante de sacos de juta no mundo a conquistar a certificação da instituição.

A FairTSA visa promover o desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida dos agricultores por meio do comércio justo, um conceito que surgiu no fim dos anos 80 na Europa e se disseminou pelo mundo estimulando empresas a garantirem um preço mínimo a produtos comprados de pequenos produtores, para que estes possam manter suas atividades, preservar seu modo de vida e adotar práticas de produção sustentáveis.

“É um reconhecimento importante da nossa relação com os pequenos produtores de juta no interior da Amazônia e que, certamente, vai impactar na relação de nossos clientes com seus consumidores em grandes centros nos EUA e Europa“, avalia Hélio Junqueira Meirelles, presidente da empresa.

A FairTSA concedeu o selo de Comércio Justo aos sacos de juta produzidos pela Castanhal depois de reconhecer o apoio da companhia aos ribeirinhos na Região Amazônica no cultivo da fibra, que é vendida à empresa e transformada em sacaria para produtos como café, batata, amendoim, castanha e cacau.

Esse apoio aos ribeirinhos inclui ações como a manutenção do Instituto de Fibras da Amazônia (IFIBRAM), responsável pela pesquisa e promoção do cultivo da juta; um programa de melhoramento genético e produção de sementes de juta distribuídas aos pequenos agricultores; e um projeto piloto em uma comunidade no interior do Pará onde a empresa está ajudando 50 pequenos produtores a evoluir da produção extrativista para uma cultura profissionalizada.

Porém, o fator primordial na relação entre a Castanhal e os produtores analisado pela FairTSA é o preço pago pela matéria-prima. Em 2016, a Castanhal pagou ao longo da safra da juta, um adicional de 60% sobre o preço estabelecido na política de garantia de preços mínimos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Tais práticas adotadas pela empresa permitiu que a juta se constituísse em uma importante fonte de renda para mais de 10 mil famílias de ribeirinhos na Amazônia, ajudando a fixar o homem no campo, reduzindo o êxodo para as periferias das grandes capitais da Região Norte e tirando os mesmos de atividades que agridem o meio ambiente.

No processo produtivo da fibra realizado pela Castanhal, são utilizados apenas insumos de grau alimentício, ou seja, próprios para contato com alimentos. Isso, associado às características naturais da planta, faz com que os produtos de juta sejam totalmente biodegradáveis. O que significa que quando são descartados, eles se desintegram completamente sem deixar qualquer resíduo ou dano ambiental.

“A conquista do selo Fair Trade demonstra que a Castanhal busca, além de padrões sociais e ambientais equilibrados nas cadeias produtivas, o estabelecimento de preços justos, criando meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores de juta“, explica o presidente da empresa.

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