Chuva ajudou nas etapas que a cultura mais precisa de água
As lavouras de milho, localizadas na região de Itapeva, no interior de São Paulo, foram beneficiadas com a chuva durante a fase de florescimento dos grãos. No mês de maio choveu 148,4 mm, segundo dados da estação automática do Inmet na cidade. “A precipitação acima da média se deu pela maior influência das frentes frias. Após o rompimento do bloqueio atmosférico no final de abril, elas avançaram com mais facilidade“, afirma César Soares, meteorologista da Climatempo.
O engenheiro agrônomo Vandir Daniel da Silva, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) regional de Itapeva, explica que as chuvas não favoreceram a colheita, porém ajudaram no florescimento do milho. “Como a colheita da primeira safra já foi feita, as chuvas de maio acabaram vindo um pouco tarde, mas para a segunda, estão ajudando muito“, diz.
Na cultura do milho, o calor com a presença de chuvas é o cenário ideal para produção, como analisa o engenheiro. “O grão requer de 7 a 10 mm de água por dia. A chuva intensa que ocorreu na região ajudou na fase de pendoamento (quando o grão começa a nascer) e também na fase de florescimento e enchimento, que são as etapas que a cultura mais necessita de água“, explica. “Com o calor e a chuva, o grão de milho recebe mais energia e fica mais pesado e, consequentemente, com mais rendimento“, completa.
A meteorologista da Climatempo, Josélia Pegorim explica que o outono e o inverno são épocas normalmente secas. Porém, o mês de maio foi excepcionalmente chuvoso no estado de São Paulo e os volumes de chuva ficaram próximos dos 150 mm em Itapeva. O mês de junho também começou úmido nas regiões paulistas. Para se ter uma ideia, nos primeiros 3 dias deste mês o volume de chuva acumulado já está em torno de 30 mm. A previsão é de que a primeira quinzena seja de chuvas frequentes. Se continuar chovendo muito ao que tudo indica é que a primeira quinzena do mês termine com chuvas dentro ou acima do normal, já que a média de junho é de 88 mm.