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sábado, novembro 23, 2024
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Coinoculação incrementa produtividade de soja e feijão

Solon Cordeiro de Araujo

Engenheiro agrônomo e consultor da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes ““ ANPII

solon@scaconsultoria.com.br

 

Créditos Shutterstock
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A tecnologia de coinoculação consiste em combinar a inoculação das sementes com bactérias de Bradyrhizobium para a soja e de Rhizobium para o feijoeiro com a inoculação de Azospirillum, uma bactéria até então conhecida por sua ação promotora de crescimento em gramíneas.

A reinoculação anual da soja proporciona um incremento médio no rendimento de grãos de 8,4%, e com a coinoculação com Azospirillum o incremento passa para 16,1%.

Como funciona

O termo geral coinoculação significa a inoculação de uma planta com mais de uma bactéria. Na inoculação simples utiliza-se apenas um gênero (ou espécie) de bactéria e na coinoculação inocula-se simultaneamente com mais de um gênero.

No caso da soja e feijão, a técnica de coinoculação é o uso de Bradyrhizobium ou Rhizobium em conjunto com bactérias do gênero Azospirillum. Assim, são dois tipos de inoculantes que podem ser colocados em conjunto nas sementes, ou um nas sementes e outro no sulco.

Vantagens

A coinoculação proporciona uma inoculação mais precoce, com um rápido aparecimento de nódulos logo que a semente emite as primeiras raízes, pois o Azospirillum funciona como um indutor de inoculação.

Além disso, esta bactéria também exerce um efeito potencializador sobre o Bradyrhizobium e Rhizobium, aumentando a fixação de nitrogênio.

Manejo

A inoculação pode ser feita de duas maneiras: mistura dos inoculantes nas sementes no momento do plantio ou aplicação no sulco, por meio de equipamentos específicos para esta finalidade.

A inoculação nas sementes é o método tradicional, mas requer mão de obra para realizar a operação e as bactérias do inoculante sofrem mais os efeitos dos fungicidas utilizados no tratamento das sementes.

No caso da aplicação no sulco, a operação é muito facilitada, pois é feita concomitantemente com a semeadura, sendo que o contato com os defensivos é mínimo. No caso da coinoculação, o procedimento é o mesmo.

Créditos Shutterstock
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Influência na produtividade

Dados de pesquisa indicam aumentos de produtividade em torno de 16% em soja com o uso da coinoculação. O uso somente do inoculante à base de Bradyrhizobium traz aumentos médios de 8%, embora, em alguns casos, isso possa ser maior. De qualquer forma, a coinoculação geralmente vai acrescentar mais produtividade que o uso de apenas um inoculante.

Custo-benefício

O custo da coinoculação está em torno de R$ 15,00 a R$ 20,00 por hectare. Calculando-se um aumento de 16% sobre a média nacional (3.000 kg/ha), teremos um aumento de 480 kg de soja, ou oito sacas.

Ao preço de R$ 55,00/saca, teremos um acréscimo de R$ 440,00. Descontando-se os R$ 20,00 do investimento, o lucro resultante é de 420,00/ha. Ou seja, a viabilidade é bastante interessante para o produtor.

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