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Como fazer a poda do tomate em estufas?

 

Glaucio da Cruz Genuncio

Doutor em Nutrição Mineral de Plantas

Talita de Santana Matos

Elisamara Caldeira do Nascimento

Mestres em Fitotecnia

Bruno Rossafa

Engenheiro agrônomo

 

Crédito GlaucioGenuncio
Crédito GlaucioGenuncio

A poda do tomateiro destaca-se com um dos principais tratos culturais para a obtenção de maiores produtividades para esta cultura. Este efeito está em função da relação entre produção/produtividade e do número de frutos fixados, e consequente disponibilidade de fotoassimilados voltados para o crescimento e desenvolvimento do tomateiro.

Assim, deve ocorrer um adequado equilíbrio entre o crescimento vegetativo (hastes e folhas) e reprodutivo (frutos). Este equilíbrio é gerado por uma relação denominada fonte/dreno.

Como proceder

A partir da fonte/dreno, a poda de brotos axilares, realizada tanto na formação com na manutenção da planta, a escolha do número de hastes em função dos espaçamentos adotados (de 25 a 50 cm entre plantas), a retirada do meristema apical, visando à redução da exposição do ponteiro a microclimas de altas temperatura (vão central baixo) são técnicas de poda fundamentais para o aumento de produtividade, pois melhoram o acúmulo de massa fresca de frutos de plantas de tomateiro.

Em específico, a técnica da capação, realizada acima do sétimo cacho e em plantas com o hábito de crescimento indeterminado, que tem por finalidade aumentar a massa de frutos, consiste na remoção da gema terminal (poda apical) para aumentar o controle do crescimento sobre a floração e frutificação, limitando o número de pencas e, consequentemente, garantindo frutos mais graúdos, assim como favorece um tutoramento mais econômico, além de aumentar a eficiência dos tratos culturais.

Por outro lado, a poda de condução a partir da retirada das folhas abaixo do cacho colhido e posterior tombamento longitudinal da planta vem sendo uma técnica muito utilizada em estufas, por possibilitar conduzir a cultura por até nove meses.

Esta técnica torna-se relevante em cultivos em estufa por melhorar a distribuição da radiação solar no dossel vegetativo e por serem as plantas, via de regra, conduzidas em substratos, os custos com renovação deste insumo são reduzidos. Ressalta-se que existe uma menor necessidade na aquisição de sementes quando este sistema de poda é adotado.

Importância

A poda, como trato cultural, é importante, pois a partir da manutenção da relação entre número de folhas e a área foliar ocorre uma melhoria na eficiência do tratamento fitossanitário necessário para o tomateiro, aumento na eficiência da polinização e influência nas características qualitativas do fruto de tomateiro, como teores de sólidos solúveis totais e acidez titulável.

A adoção de podas de condução e manutenção é importante para a redução do número de frutos ocados, lóculo aberto e fundo preto. Lembrando que tanto o lóculo aberto quanto o fruto preto são distúrbios fisiológicos relacionados com a mobilidade do B e Ca na planta e a interação planta x ambiente, tais como déficit de pressão de vapor e turno de rega.

Em campo aberto x estufa

Há necessidade de podas mais técnicas para o tomateiro conduzido em ambiente de cultivo protegido. A adoção destas podas está em função de um adensamento variável, em função da condução da cultura, com tombamento da planta longitudinalmente ou transversalmente à rua, elevando-se o ciclo produtivo da planta.

Além disso, o cultivo protegido exigetutoramento vertical com o uso de fitilhos e infraestrutura específica, e ainda a adoção de variedades mais específicas, pertencentes aos grupos: grape, italiano e holandês, por exemplo.

Quando podar

A poda é um trato cultural diário, em que a retirada de brotos ladrões é sinequa non para a obtenção de produtividades desejadas (manutenção de uma adequada relação fonte/dreno).

Dependendo do sistema de condução a ser adotado (tombamento, por exemplo) o planejamento de podas específicas dentre os estádios de desenvolvimento da planta será um dos principais tratos culturais na condução do tomateiro em cultivo protegido.

O produtor que adotar a condução em duas hastes deve estar atento ao momento de bifurcação ideal para que a escolha das hastes satisfaça a necessidade de engrossamento e consequente sustentação da planta.

 

Direto ao assunto

Um dos principais erros quanto ao assunto poda é o desconhecimento que este é o principal fator de perda de produtividade do tomateiro.Assim, recomenda-se ao produtor de primeiro cultivo um amplo estudo desta técnica, para que com a condução da cultura haja um aperfeiçoamento continuado, por esta ser responsável por significativas reduções na produtividade, quando mal realizada.

Por ser um trato cultural extremamente dependente de mão de obra e, por esta estar próxima a 50% do custo de produção, em alguns casos, o custo da operação é alto, devendo, portanto, ser realizado com eficiência.

Essa matéria você encontra na edição de julho 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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