Autores
Glaucio da Cruz Genuncio
Doutor e professor de Fruticultura – Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)
glauciogenuncio@gmail.com
Elisamara Caldeira do Nascimento
Doutora e professora de Agroecologia – UFMT
Talita de Santana Matos
Pós-doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
A banana é a segunda fruta mais importante do País, cultivada em uma área aproximada de 449.284 hectares e com uma produção de 6.752.171toneladas (IBGE, 2018). As cultivares mais plantadas são: Prata, Prata Anã, Pacovan, Maçã, Grande Naine, Nanica, Nanicão, Terra e Terrinha, todas suscetíveis à Sigatoka-negra (SN).
A banana-comprida ou banana-D´Angola é uma variedade do grupo Terra (aquelas consumidas fritas, cozidas ou em forma de mingau), amplamente cultivada nas regiões norte e nordeste e tem grande aceitação no mercado.
São bastante utilizadas em pratos da culinária regional, mas é extremamente suscetível à sigatoka-negra (SN), doença que provoca perdas de até 100% na produção. Os prejuízos causados pela SN em plantações de banana são enormes e podem afetar tanto a qualidade dos frutos como o rendimento da cultura.
As manchas foliares decorrentes da ação do fungo reduzem a área fotossintetizante da planta e podem provocar severo desfolhamento. Com isso, o tamanho dos frutos, das pencas, dos cachos e o número de pencas por cacho e, em consequência, o rendimento por unidade de área são severamente afetados.
Por onde começar
Visando o manejo integrado das doenças é necessário o conhecimento da biologia dos patossistemas e das tecnologias disponíveis para o controle, seu limite econômico e aceitação ecológica. O conhecimento da epidemiologia das doenças é fundamental para o estabelecimento das estratégias de manejo e controle de doenças.
A estratégia mais viável para o controle das doenças é o uso de genótipos resistentes. Entretanto, para muitas variedades ainda não foram identificadas as fontes de resistência, e em alguns casos a resistência é “quebrada” pelo aparecimento de novas raças.
Desde 1991 a Embrapa Acre, em parceria com a Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, situada na Bahia, vêm desenvolvendo projetos de avaliação e seleção de genótipos de plátano e banana, com o objetivo de selecionar cultivares com melhores características agronômicas, como produtividade, qualidade do fruto, porte reduzido, além de resistência às principais doenças e pragas.
Contudo, não existe cultivares resistentes de banana do subgrupo Terra que possam ser utilizadas como substitutas da banana comprida (cv. D’Angola), os prejuízos na produção podem ser grandes.
Tabela 01 – Caracterização das cultivares de banana recomendadas pela Embrapa Acre em relação aos principais problemas fitossanitários.
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