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Conceito 4C faz a diferença nas lavouras brasileiras

 

Luís Ignácio Prochnow

Engenheiro agrônomo e diretor do IPNI no Brasil

lprochnow@ipni.net

Crédito Shutterstock
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Boas práticas de manejo (BPMs) podem ser definidas como ações aplicadas aos recursos, que tenham sido validadas pela pesquisa, para proporcionar a melhor combinação entre desempenho econômico, social e ambiental.

Para os nutrientes de plantas, BPMs são a manifestação no campo dos quatro Cs (4Cs): aplicação da fonte de nutrientes certa, na dose certa, no lugar certo e na época certa. Para serem verdadeiramente “certas“, as práticas devem ser localizadas de forma específica em uma cultura, campo e, muitas vezes, em uma área dentro do campo.

No entanto, a base científica na qual o manejo de nutrientes 4Cs é construído, e que leva às BPMs de nutrientes, é universal. Portanto, embora as BPMs sejam específicas para o local, um quadro global para seu desenvolvimento, estudo e aplicação pode facilitar a melhoria do manejo de nutrientes.

Considerando a crescente demanda da sociedade por alimentos, fibras e combustível, o intenso estresse financeiro global e as crescentes preocupações sobre os impactos na qualidade da água e do ar, a melhoria simultânea da produtividade e da eficiência na utilização dos recursos, incluindo a eficiência de utilização de nutrientes (EUN), é um objetivo essencial para a agricultura.

Os 4Cs e as BPMs de fertilizantes são ferramentas essenciais para alcançar esse objetivo.

Como funciona

O Conceito 4C, preconizado pelo Instituto Internacional de Nutrição de Plantas (IPNI) sugere o manejo de nutrientes considerando a fonte, dose, época e local correto para aplicação. A técnica busca racionalizar o uso de fertilizantes e propiciar uma relação harmônica entre aumento da produção agrícola e preservação do meio ambiente, com base em novas tecnologias, informações, pesquisas e experiências.

O Conceito 4C de nutrição de plantas é um alerta claro a todos que trabalham com agricultura sobre os princípios básicos para se utilizar fertilizantes com eficiência sob os pontos de vista agronômico, econômico e ambiental.

A decisão da melhor forma de se utilizar fertilizante deve passar pelas indagações e respostas específicas para cada situação de cultivo sobre qual seria a fonte e a dose correta, em que época e em que local devem ser aplicados os insumos visando a adequada nutrição das plantas.

Crédito Shutterstock
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Por onde começar

Existem inúmeras opções de produtos e manejo dos mesmos. Para cada interação dos fatores solo, cultura e agricultor, existe o que mais se aproxima do ideal em termos de nutrição de plantas.

Mas, atenção – não se trata apenas de comprar e aplicar. Devem-se responder claramente as quatro perguntas, e para tanto há necessidade de levar em consideração vários itens, desde a análise de solo até a condição socioeconômica do agricultor.

As respostas para cada situação são dependentes das condições pré-existentes. O conhecimento para a tomada de decisão em cada um dos quatro fatores citados pode ser encontrado em leitura e experiência pessoal, sendo que um agrônomo deve ser sempre consultado.

Racionalização de fertilizantes

É preciso fornecer a quantidade necessária do insumo certo nas condições necessárias de época e local. Se isto for feito de forma eficiente, todos sairão ganhando e o meio ambiente terá o menor impacto possível.

Essa mesma racionalização tem uma relação muito estreita com a produtividade. Isso porque a aplicação correta dos insumos levará à produtividade econômica e que não traz problemas ambientais.

No fim, todos os envolvidos ganham. Os benefícios são claros em si, pois a planta obtém a nutrição adequada, o agricultor o melhor retorno possível e o ambiente é preservado.

O Conceito 4C deve ser aplicado a todas as culturas comerciais. Para mais informações sugere-se a publicação “Manual 4C em nutrição de plantas”, que pode ser adquirido no site do IPNI no Brasil (brasil.ipni.net).

Essa matéria você encontra na edição de agosto 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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