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Congresso cotonicultor comemora safra recorde

O Congresso Brasileiro do Algodão está marcado para acontecer no período de 27 a 29 de agosto, em Goiânia

Crédito: Shutterstock

Em clima de safra recorde da produção brasileira de algodão e de novo patamar no ranking dos maiores exportadores mundiais, com produtividades acima da expectativa, vem aí a 12ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão – CBA, em Goiânia, entre os dias 27 e 29 de agosto. “É muito bom planejar o maior evento da cotonicultura brasileira em um ano de tantas marcas históricas alcançadas. E o que torna ainda mais especial esta edição é o fato de que ela será realizada quando a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, a Abrapa, que tão intimamente se relaciona com todas as vitórias mencionadas, completará a segunda década de existência”, considera o presidente da Abrapa e do 12º CBA, Milton Garbugio.

Não por acaso, foi escolhida a cidade de Goiânia como sede do Congresso. Além de ter todas as condições de infraestrutura necessárias à realização de um grande evento, a capital do Estado de Goiás, que está entre os maiores produtores de algodão do País, representa muito da atividade, reinventando-se e elevando o Brasil da condição de importador para a de grande fornecedor global de uma pluma de qualidade, desejada pelo mercado e com imenso potencial de crescimento de oferta. Goiânia, como sede, simboliza a aproximação da teoria e prática, já que as discussões terão lugar no seio da produção da fibra.

Temas

O tema central escolhido, para o qual todos os outros convergirão, será: “A cotonicultura como vitrine da agricultura do amanhã”. Ao escolher este mote, Milton Garbugio evidencia o lugar de vanguarda que a produção de algodão brasileira ocupou, dentre tantas outras no agronegócio do País.

Hoje a atividade é reconhecida como exemplo de incorporação tecnológica, de qualidade, produtividade, sustentabilidade e também de organização e união daqueles que são os protagonistas deste sucesso, os produtores, que, juntos, criaram a Abrapa, há duas décadas.

“Jamais alcançaríamos um êxito coletivo se não fosse a decisão de agir em conjunto, visando além das divisas das nossas fazendas. Sabemos da responsabilidade que temos de manter essa reputação, fortalecer a nossa imagem e superar as nossas marcas, e não há maneira melhor para isso do que pela geração e difusão do conhecimento. Por isso, convidamos a todos para participar do 12º CBA”, ressalta o presidente do evento.

Inovações na forma e no conteúdo

O economista Ricardo Amorim e o historiador Leandro Karnal são dois dos nomes de peso confirmados na programação do 12º Congresso Brasileiro do Algodão (12º CBA). O evento é o maior da cotonicultura brasileira e deve reunir em torno de 1,5 mil pessoas.

Neste ano o CBA vem com inovações na grade e no formato, a começar pela quantidade de dias, que passam a ser três completos, ao invés de quatro, como nos anteriores. A mudança não prejudicou o conteúdo, e foi pensada para facilitar a logística do público.

Outra novidade é um espaço voltado para as startups, com rodadas diárias de pitching. De acordo com Milton Garbugio, a expectativa para o evento está grande, tanto da parte da organização quanto dos expositores e participantes. “O fato de acontecer em Goiânia, bem no coração do Cerrado, bioma que concentra a produção da pluma, faz a gente acreditar que teremos recordes de público. Por isso, compactamos a grade em três dias cheios, sem diminuir o conteúdo. Foi um rearranjo para otimizar a agenda dos participantes”, explica Garbugio.

Amorim e Karnal, duas das atrações, ilustram o caráter multidisciplinar e atual do Congresso, que vai além dos temas exclusivamente técnicos e de mercado. “O Congresso é como uma antena, que capta e difunde as tendências. Ele é feito por cotonicultores para cotonicultores, mas dentro de uma perspectiva macro, que passa pela economia, o marketing, a criatividade e a tecnologia, porque o mundo do algodão também é tudo isso”, diz o presidente.

Teoria e prática também estarão presentes na programação do congresso, com oficinas temáticas – os workshops. A comissão científica selecionou temas atuais e relevantes, que serão abordados sob uma perspectiva casada com a realidade. “Nos workshops, o participante poderá experimentar a aplicabilidade do assunto tratado, de uma forma atrativa e interessante”, revela o coordenador científico do CBA, Jean Bèlot.

Edição de aniversário

Em 2019, o CBA coincide com os 20 anos de existência da Abrapa, e, para celebrar a passagem da data o presidente Milton Garbugio diz que muitas surpresas irão acontecer. “Será uma edição especial que, para todos os produtores, pesquisadores e técnicos presentes, terá um sentido importante. Vamos fazer um evento para ficar na memória da cotonicultura nacional”, diz.

Garbugio enfatiza que os espaços para expositores foram quase todos vendidos já no lançamento do evento, um ano antes, no final de agosto de 2018. “É a prova do sucesso e do amadurecimento do nosso congresso, ponto de encontro bianual de todos os elos da cadeia produtiva”, conclui.

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