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sábado, novembro 23, 2024
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Controle biológico: Qual o potencial de uso na cultura da soja?

Autores

Alessandra Marieli Vacari
Doutora em Entomologia e professora de Engenharia Agronômica – Universidade de Franca
amvacari@gmail.com
Eder Oliveira Cabral
Mestrando em Ciências – Universidade de Franca
Gustavo Pincerato Figueiredo
Engenheiro agrônomo, mestrando em Ciência Animal – Universidade de Franca
Controle biológico: Qual o potencial de uso na cultura da soja?
Controle biológico: Qual o potencial de uso na cultura da soja?

Diversas espécies de insetos estão associadas à cultura da soja, sendo consideradas pragas aquelas que podem causar injúrias às plantas, e até mesmo provocar danos econômicos aos produtores. Esses insetos-pragas podem atacar raízes, nódulos, haste, folhas, vagens e grãos da soja. No entanto, existem também os organismos que são benéficos e que atuam como inimigos naturais dessas pragas. Esses agentes benéficos podem ser insetos predadores, parasitoides ou também microrganismos que exercem papel no controle biológico de insetos-pragas.

No controle biológico aplicado são utilizados predadores e parasitoides, que após sua multiplicação e criação massal em laboratório são liberados em campo visando diminuir a população do inseto-praga.

Além disso, podem ser utilizados também microrganismos entomopatogênicos, que após sua aplicação podem provocar a morte dos insetos-pragas, o que é conhecido como controle microbiano. No Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) constam 28 produtos biológicos registrados para a cultura da soja visando o controle de insetos-pragas.

Percevejo-verde-da-soja

O percevejo-verde é um inseto sugador que pode se alimentar de partes da planta como as vagens e grãos da soja. Estão presentes na soja desde o período vegetativo, mas é no reprodutivo, a partir do aparecimento das vagens (R3) que as populações aumentam, podendo atingir níveis elevados.

O controle biológico do percevejo-verde pode ser realizado utilizando o parasitoide de ovos Trissolcus basalis (Hymenoptera: Platygastridae), no qual existe apenas um produto registrado no MAPA. Esse parasitoide é viável até cinco dias após o recebimento, e pode ser armazenado em temperatura entre 15 e 20°C.

Recomenda-se a liberação de 5.000 parasitoides por hectare, o que corresponde a 50 cápsulas por hectare. Devem ser realizadas três liberações de 5.000 parasitoides por hectare. Cada cápsula do produto comercial contém 100 pupas do parasitoide T. basalis.

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