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Controle de pragas com manejos integrados

Crédito Luize Hess
Crédito Luize Hess

Sistemas integrados de produção, como a Integração Lavoura-Pecuária e esquemas de sucessão e rotação com intensificação de culturas, podem maximizar a produtividade, mas demandam conhecimento técnico por parte do agricultor.

O controle de pragas, por exemplo, deve ser pensado de maneira mais ampla, tendo em vista os sistemas adotados. “Com o uso intensivo das áreas, temos várias pragas que são polífagas. Insetos que atacavam até então uma cultura passaram a ter importância em outros cultivos. É o caso do percevejo barriga-verde, característico da soja, e que hoje é praga do milho segunda safra, em função do plantio do cereal em sucessão à leguminosa“, analisa a pesquisadora Simone Martins Mendes, da área de Entomologia da Embrapa Milho e Sorgo.

Segundo ela, o produtor deve se preocupar com pragas das culturas como um todo. “O que você faz numa cultura para controlar as pragas pode ter efeito na outra. Essa é a prática de manejo que deve ser adotada nos sistemas“, explica.

Um exemplo é a lagarta-do-cartucho, principal praga do milho, que se alimenta de várias plantas hospedeiras e inclusive de algumas plantas daninhas, como a buva. “Se não há controle adequado de plantas daninhas numa área, e o milho é plantado nela, a lagarta aparece antecipadamente. Com a braquiária sendo utilizada como planta de cobertura pode acontecer a mesma coisa. Há necessidade de se fazer a dessecação antecipada para interromper o ciclo do inseto“, afirma.

Em relação às cultivares transgênicas Bt, das seis proteínas com ação inseticida, uma (Cry 1F) já perdeu sua efetividade. “A da área de refúgio é necessária para que haja redução da chance de quebra da resistência, com plantio de no mínimo 10% da área plantada com milho convencional. Deve também ser próxima da área semeada com milho Bt, pois a distância média do voo das mariposas é de 800 metros. A grande questão, hoje, é como prorrogar a validade e eficácia dos transgênicos“, alerta Simone Mendes.

Já para o controle da cigarrinha-do-milho, algumas medidas são tratar especificamente as sementes com inseticida e evitar o plantio de cultivares suscetíveis e em plantios escalonados.

Plantas daninhas

Para melhor controle, uma das recomendações dos pesquisadores é utilizar a braquiária como planta de cobertura durante o período de pousio e realizar sua dessecação anterior ao semeio da cultura de interesse econômico. “A braquiária se caracteriza como uma interessante alternativa de planta de cobertura por reduzir a incidência do capim-amargoso e da buva, duas das principais plantas daninhas do Cerrado que podem causar perdas na produtividade de grãos“, explica Alexandre Ferreira da Silva, pesquisador da área de Plantas Daninhas.

 

Fertilidade do solo

Solo coberto é sinônimo de benefícios. Segundo o pesquisador Álvaro Vilela de Resende, da área de Solos e Nutrição de Plantas da Embrapa Milho e Sorgo, “o sistema plantio direto bem estabelecido permite que as raízes se aprofundem mais, incorporando carbono e favorecendo a busca por água e nutrientes, além de incentivar a atividade microbiana“, explica.

Após o devido condicionamento com correção da acidez e adubações, de acordo com Resende, o aprofundamento das raízes contribui para manter o chamado “perfil de alta fertilidade“, no qual os solos armazenam mais água e matéria orgânica, além de nutrientes essenciais.

Essa matéria você encontra na edição de setembro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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