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Controle do oídio no morango em estufas

Crédito Hélcio Costa
Crédito Hélcio Costa

O oídio, causado pelo fungo Oidiumsp. (Sphaerothecamacularis), vem ocorrendo em algumas áreas do Brasil, com intensidade variável, principalmente em função do uso do cultivo protegido e das cultivares plantadas.

É uma doença que possui uma evolução muito rápida podendo alastrar a infecção pela área de cultivo em quatro a cinco dias. Por este motivo, a detecção e o início do controle devem ser rápidos, exigindo ainda o monitoramentodas condições climáticas favoráveis para determinar a evolução do processo de infecção.

Nem tanta proteção assim

O oídioé a doença de maior importância em ambiente protegido.Mário Calvino Palombini, engenheiroagrônomo e consultor técnico, explica que, ao contrário das outras doenças, para ocorrer o oídio a infecção necessita de alta umidade relativa do ar, mas sem a presença da água livre, que provoca a morte dos conídios (sua forma de propagação). Por este motivo, as características climáticas têm maior importância para o controle em ambientes protegido do que a campo aberto.

Segundo Hélcio Costa, doutor em Agronomia e pesquisador do Incaper, as condições favoráveis à doença são temperatura entre 20-30ºC, com baixas luminosidade e umidade relativa,as quais são observadas com frequência nos cultivos protegidos, seja em estufas e ou túneis baixos.

Mário Calvino acrescenta que os conídios vivem pouco tempo – de quatro a seis horas em condições ótimas, mas se as condições ambientais estiverem adequadas, este período é suficiente para ocorrer a infecção.

A incubação é de 12 a 24 horas, um período extremamente curto, permitindo que a doença evolua das folhas para outras partes da planta rapidamente, ocasionando os sintomas nos frutos rapidamente. Os conídios são transportados pelo vento, facilitando a sua propagação por toda a área de cultivo.

Sintomas

“Um dos sintomas característicos da doença é a presença de um micélio pulverulento de cor branca, na parte inferior das folhas. As folhas infectadas podem ficar curvadas para cima, adquirindo um aspecto de “colher“. Em condições de alta severidade da doença, os frutos também podem ser infectados, apresentando intensa pulverulência na superfície e crescimento irregular, com os aquênios proeminentes“, aponta o pesquisador.

Nas cultivares Milsei-Tudla, Seascape e Camino Real, a doença pode se manifestar, porém, os sintomas observados são apenas lesões marrom-avermelhadas, o que dá um aspecto de queima as folhas, associado a uma escassa pulverulência.

 Crédito Hélcio Costa
Crédito Hélcio Costa

Manejo

De acordo com Hélcio Costa, o manejo deste patógeno envolve, principalmente, o uso de cultivares resistentes, sendo que a maioria é moderamentesuscetível, como Albion,Portola e San Andreas. “O uso de fungicidas deve ser realizado somente quando necessário, e por isto é importante o monitoramento nas estufas, pois geralmente o fungo inicia-se em reboleiras“, alerta.

Mário Calvino citaalgumas outras medidas que ajudam no seu controle:

ÃœReduzir a ventilação dos túneis para reduzir a sua propagação;

Ãœ Retirar o excesso de folha e troca dos plásticos opacos, pois os conídios são sensíveis à luz ultravioleta;

Ãœ A infecção ocorre em tecido tenro. Assim, é recomentado reduzir a dose de nitrogênio na fertirrigação;

Ãœ Remoção dos restos de cultura para diminuir a pressão de inócuo.

Controles químico e biológico

Existem vários fungicidas para controlar este patógeno, bem como produtos biológicos à base de Bacillus que podem ser usados com boa eficiência. Assim, Mário Calvino recomenda orientação técnica de um profissional qualificado, desde o monitoramento até o controle para aumentar a possibilidade de sucesso.

Essa matéria você encontra na edição de março 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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