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Cresce o ataque de lagartas no cafeeiro; saiba o que fazer

Autor

Marcelo de Melo Linhares
Engenheiro agrônomo especialista em Proteção de Plantas e consultor da Sagra
marcelo.de.linhares@terra.com.br
Crédito: Marcelo Linhares

Os cafeicultores brasileiros colheram a maior safra de café da história do País em 2018, com vários fatores contribuindo. A produção de arábica e de conilon chegou a 61,7 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado. Este resultado recorde foi possível devido ao clima favorável, que proporcionou boas floradas e à melhoria do pacote tecnológico, que incluiu o uso de variedades mais produtivas.

A produção também foi favorecida pelo ano de bienalidade positiva, sobretudo em lavouras da espécie arábica. O rendimento médio foi impulsionado pelo clima favorável em boa parte do desenvolvimento da planta, pela bienalidade positiva e por outras medidas relacionadas ao manejo e às tecnologias utilizadas.

Fitossanidade

Inúmeras são as pragas de importância econômica encontradas atacando o café no campo. Podem prejudicar o desenvolvimento e a produção das plantas e devem ser constantemente monitoradas no campo, para que sejam adotadas as medidas de controle a fim de que o nível de dano econômico das pragas seja respeitado.

Nos últimos anos, o ataque de lagartas em folhas de cafeeiros tem se agravado e, com isso, fica facilitada a entrada de patógenos, como o fungo da Phoma, nos ferimentos causados por essas lagartas onde os especialistas orientam associar inseticidas/lagarticidas aos fungicidas específicos usados no controle desses patógenos.

As lagartas são formas jovens (larvas) de insetos da família dos lepidópteros (borboletas ou mariposas). Atacam as plantas e, ocasionalmente, tornam-se pragas dos cafezais. Os ataques mais severos geralmente ocorrem em decorrência de condições climáticas adversas, redução da população de inimigos naturais, uso incorreto de agrotóxicos e desequilíbrio ecológico.

Incidência

As lagartas mais encontradas infestando os cafezais são:

ð Eacles imperialis magnifica: lagartas dos cafezais;

ð Agrotis ípsilon: lagarta-rosca;

ð Oxydia saturniata: mede-palmo;

ð Megalopyge lanata: lagarta de fogo;

ð Oiketicus geyeri: bicho charuto;

ð Oiketicus kirbyi: bicho cesto;

ð Automeris spp: taturana bezerra;

ð Lonomia circunstans: lagarta urticante.

As espécies com relatos de maior ocorrência e responsáveis por maiores prejuízos nas regiões do Cerrado são a lagarta-dos-cafezais, lagarta-rosca e lagarta-mede-palmo.

Lagarta-dos-cafezais

Alimentam-se das partes tenras da planta, principalmente folhas e brotos, causando desfolha e reduzindo a área foliar. Eventualmente e de forma localizada, em virtude das condições de desequilíbrio ambiental, podem tornar-se uma praga importante e causar prejuízos significativos.

Na natureza, quando em equilíbrio, inimigos naturais como pássaros, vespas, fungos, calangos, tatus, besouros e formigas mantêm a população deste inseto sob controle, não necessitando de nenhuma intervenção.

Em caso de um aumento populacional, causando dano econômico à lavoura, é recomendado o controle com inseticidas biológicos à base de Bacillus thuringiensis. Os produtos derivados de piretroides são bastante eficientes, entretanto, por serem de largo espectro de ação, seu uso deve ser criterioso, já que elimina também diversos inimigos naturais, podendo acentuar o desequilíbrio verificado na área.

Lagarta-rosca

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