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Crescimento de mudas de pitaia em diferentes substratos

José Darlan Ramos

Professor do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e bolsista do CNPq

darlan@dag.ufla.br

Fábio Oseias dos Reis Silva

Pesquisador do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo e bolsista FAPES

foseias@yahoo.com.br

 

Crédito Internet
Crédito Internet

A pitaia, apesar de ser uma frutífera ainda pouco conhecida, ocupa um crescente nicho no mercado de frutas exóticas. No Brasil a pitaia vem sendo procurada não só pelo exotismo da aparência, como também por suas características organolépticas.

As pitaias são plantas cactáceas consideradas frutíferas promissoras tanto para o mercado nacional como internacional. Essas cactáceas, devido à aparência externa e qualidades organolépticas de suas frutas, tornaram-se recentemente objeto de estudos em algumas áreas do conhecimento, notadamente da agroindústria.

Substratos

É importante salientar que podem ser usados alguns tipos de substratos na propagação da pitaia, desde os comerciais (hoje há uma grande diversidade no mercado) até os mais primitivos, a exemplo de areia, solo (de barranco) ou a mistura dos dois.

Especificamente com relação à questão acima, foram testados dois substratos alternativos, solo e areia (isentos de patógenos) e a mistura dos dois. Concluiu-se que o desenvolvimento satisfatório e mais econômico das mudas ocorreu quando se utiliza a mistura de ambos na proporção de 1:1, ou seja, 50% de terra e 50% de areia.

Mudas conduzidas sob telados

As mudas podem ser produzidas sem utilização de telado fechado, mas devem ficar em locais protegidos pelo menos da incidência direta do sol, como embaixo de árvores ou somente com cobertura de sombrite (50% luminosidade). Quanto ao substrato, esse pode ser colocado até em canteiros de algumas formas e dimensões que dependerão dos objetivos do produtor, desde que tenha altura de um terço da altura ou do tamanho da estaca (cladódio).

As mudas também podem ser produzidas em sacos plásticos, vasos ou outro recipiente disponível na propriedade. O importante é observar que os cladódios (estacas) devem ser retirados de plantas sadias com tamanhos adequados e enterrados um terço de seu tamanho.

Quanto à irrigação, deve ser dado tratamento especial, pois o ambiente em torno dos cladódios (estacas) não deve ser muito úmido ou totalmente seco. De maneira geral, a produção de mudas de pitaia não necessita de técnicas muito sofisticadas, apresentando enraizamento e brotação satisfatórios.

Desenvolvimento das mudas

Em geral, o bom desenvolvimento da pitaia ocorre nos diferentes tipos de substratos (comerciais, solo, areia ou misturas), mas deve-se observar alguns fatores que podem prejudicar o crescimento das mudas. Por exemplo, substratos à base de solo podem não drenar a água suficientemente e,consequentemente, com o excesso de umidade podem surgir doenças comprometendo o crescimento e ocasionar o apodrecimento das mudas.

Por outro lado, caso se utilize a areia como substrato, essa tem baixa capacidade de retenção de água, desfavorecendo o desenvolvimento das mudas. Assim, é importante analisar detalhadamente as vantagens e desvantagens antes da tomada de decisão. Pelo que se apresenta até o momento, parece que a mistura de areia e solo é uma alternativa viável.

As pitaias são plantas cactáceas consideradas frutíferas promissoras tanto para o mercado nacional como internacional - Crédito Adriana de Castro
As pitaias são plantas cactáceas consideradas frutíferas promissoras tanto para o mercado nacional como internacional – Crédito Adriana de Castro

Viabilidade

Dentre os substratos testados, a areia apresentou-se mais viável, pois é o substrato que possui melhor relação custo-benefício, visto que, apesar da areia não apresentar resultados tão bons quanto amistura de areia com terra, esta pode ser adquirida com certa facilidade.

 

Gêneros da pitaia

Existem alguns tipos de pitaia que estão agrupados em quatro gêneros: Stenocereus, Cereus, Selenicereus e Hylocereus. Contudo, as mais conhecidas são a pitaia amarela (Selenicereusmegalanthus), que possui casca amarela e polpa branca, e a pitaia vermelha (Hylocereussp.), com a casca vermelha e a polpa branca ou vermelha, dependendo da espécie.

Existe grande variabilidade entre as espécies quanto ao tamanho e coloração das frutas, sendo que em Hylocereuscostaricensis sua fruta apresenta coloração vermelha, tanto na casca quanto na polpa, e em Hylocereusundatus apresenta coloração vermelha na casca e branca na polpa.

Em Selenicereusmegalanthus, conhecida como “pitaia colombiana“, a polpa é esbranquiçada, e externamente a fruta tem coloração amarela, e em Selenicereussetaceus (pitaia-do-cerrado ou saborosa) a casca é vermelha e a polpa esbranquiçada, como a Hylocereusundatus, porém, a fruta é de tamanho menor, com sabor mais adocicado e apresenta espinhos.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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