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Cultivares de cebola utilizadas em diferentes regiões

 

 

Daniel Pedrosa Alves

Doutor em Genética e Melhoramento e pesquisador da Epagri – Estação Experimental de Ituporanga

danielalves@epagri.sc.gov.br

Gerson Henrique Wamser

Mestre em Recursos Genéticos e pesquisador da Epagri – Estação Experimental de Ituporanga

Valter Rodrigues Oliveira

Doutor em Genética e Melhoramento e pesquisador da Embrapa Hortaliças

 

Crédito Luize Hess
Crédito Luize Hess

Na estação experimental da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), na Embrapa de Brasília, Pelotas e Petrolina e nas diversas empresas privadas, com campos experimentais nos Estados produtores de cebola, são constantemente desenvolvidas cultivares totalmente adaptadas às diferentes condições ambientais brasileiras.

Lavouras formadas por cultivares híbridas têm sido responsáveis por grandes produtividades. No entanto, a utilização de cultivares de polinização livre (OP) ainda predomina em cultivos no Sul e Nordeste brasileiros,por semostrarem mais rústicos e adaptados às condições de cultivo nessas regiões.

Pelo Brasil afora

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 98% da produção brasileira de cebola concentra-se em quatro regiões: Sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul), Sudeste (São Paulo e Minas Gerais), Centro-Oeste (Goiás) e Nordeste (Bahia e Pernambuco).

Para todas essas regiões existem cultivares de cebola que atendem as especificidades de plantio. Contudo, cultivares adaptadas a determinada região dificilmente atingirão produtividades satisfatórias em outras regiões. Isso porque a cebola é muito sensível às variações climáticas, em especial de fotoperíodo e temperatura. Por isso, é muito importante que seja realizado o plantio de cultivares com adaptação específica à região de cultivo.

Opções em cebolas

Existe grande diferença entre as regiões produtoras de cebola do Brasil. O Sul possui um perfil de pequenos agricultores em que há o predomínio de uso de cultivares tipo Bola precoce. Há um predomínio também do uso de cultivares de polinização livre (OP).

A maioria das cultivares plantadas são de dia curto, popularmente denominadas precoces. Nas áreas mais altas da região sul também tem sido preconizada a utilização de cultivares de dia intermediário, popularmente conhecidas como tardias. O plantio dos cultivares tardias deve ser realizado em meados do outono (meados de maio até junho).

Nas demais regiões produtoras não existe um predomínio claro de preferência por determinadacultivar. Além do mais, existe um grande número de cultivares disponíveis.

No Sudeste predomina o plantio de cultivares híbridas. As plantas dessas cultivares possuem menor porte, fator que permite a utilização de até um milhão de plantas por hectare. Existem diversas cultivares recomendadas para essa região, e a escolha do material a ser plantado deve ser feita em conjunto com o técnico que assiste o produtor.

O cultivo de cebola no Centro-Oeste é similar ao Sudeste brasileiro.

Novidades

Diversos híbridos têm sido desenvolvidos e testados por empresas privadas todos os anos. Desta forma, sempre existem novidades no mercado, aumentando a competitividade da cebolicultura brasileira.

Quanto às OPs, as empresas produtoras geralmente realizam seleções e/ou cruzamentos nas cultivares comerciais buscando aprimorar alguma característica de interesse, como uma melhor coloração da casca ou redução do ciclo. Uma vez fixada esta nova característica na população, tem-se uma nova cultivar perfeitamente adaptada às condições regionais.

Lavouras formadas por cultivares híbridas têm sido responsáveis por grandes produtividades - Crédito Shutterstock
Lavouras formadas por cultivares híbridas têm sido responsáveis por grandes produtividades – Crédito Shutterstock

Custo de produção

Os materiais OP possuem, em geral, um menor custo de produção, que está ligado ao menor preço da semente, menor gasto de sementes por hectare (são plantados em menores populações) e menor gasto com defensivos e fertilizantes.

As cultivares híbridas têm entre si um custo de produção semelhante e maior que as OPs. Por outro lado, a produtividade tende a ser maior, compensando o maior custo. A exceção é quando um híbrido é cultivado em local onde não seja adaptado, podendo, neste caso, causar prejuízos ao agricultor.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de julho 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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