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sábado, novembro 23, 2024
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Cultivo consorciado de alface tem mais produtividade?

Autores

Arthur Felipe Eustáquio e Silva
arthureustaquio22@gmail.com
Sarah Maysa Perim Silva
saraahpe@gmail.com
Graduandos em Agronomia – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Roberta Camargos de Oliveira
Engenheira agrônoma e pós-doutoranda – ICIAG-UFU
robertacamargoss@gmail.com
Fernando Simoni Bacilieri
Engenheiro agrônomo e doutor em Produção Vegetal – ICIAG-UFU
ferbacilieri@zipmail.com.br
Créditos Shutterstock

A olericultura é o grupo de culturas que engloba as hortaliças no geral, desde alface, repolho, couve, cenoura, cebola, tomate, dentre outros, que podem ser classificadas de acordo com a parte comestível, como raízes, bulbos, frutos, folhas, tubérculos.

As folhosas, como coentro, rúcula, chicória, salsa e agrião são fortes representantes do setor hortifrúti. A alface é a responsável por grande parte da produção do País, movimentando aproximadamente 47% do mercado de folhosas no Brasil.

As hortícolas podem ser produzidas em sistemas de produção mais sustentáveis, e com isso ganham espaço nas unidades familiares para a produção orgânica, mercado este que está em ascensão, enfatizando qualidade, diversidade, sustentabilidade e saúde.

Assim sendo, e diante das características específicas da agricultura familiar, da olericultura e, sobretudo, da produção orgânica, torna-se possível traçar expectativas de agregação de valor e melhorias na renda para o setor.

As hortaliças mostram vantagens sobre as outras culturas. A alface possui diversas propriedades nutricionais que estimulam o consumo humano, entre elas baixo teor calórico, é rica em vitaminas, sais minerais e fibras (como A, E, C, B1, B2, B3, além de cálcio, magnésio, potássio e sódio), proporciona sensação de saciedade, regula o intestino, fortalece as vias respiratórias, previne a anemia e combate os radicais livres.

Com o aumento no consumo e exigências do mercado, torna-se necessário a obtenção e utilização de tecnologias para otimizar a produção. Para isso, centros de pesquisas públicos ou privados buscam formas de melhorar e capacitar as pessoas/famílias envolvidas no processo de produção.

Consorciação

Para suprir a demanda que o mercado deseja, é necessário o aprimoramento no processo de produção. Diante dos preceitos de sustentabilidade e com o intuito de conservar os recursos naturais e produzir hortaliças com qualidade, é fundamental que o horticultor tenha acesso ao uso de tecnologias e métodos compatíveis com o sistema de produção.

A utilização do cultivo consorciado é uma técnica que expressa resultados favoráveis no desenvolvimento da produção. A forma consorciada do plantio permite uma interação biológica benéfica para todas as espécies cultivadas. Além disso, possibilita a otimização do uso de recursos ambientais, como nutrientes, água e radiação solar, uma vez que as espécies de plantas possuem ciclos de crescimento diferentes.

As vantagens do sistema de associação de culturas parte da maior produção de alimentos por área, estabilidade de rendimento no sistema consorciado, pois, se uma das culturas falha ou se desenvolve pouco, a outra pode compensar.

Há, ainda, melhor controle das plantas daninhas, em razão da presença, nesse sistema, de uma comunidade de espécies mais competitivas, no espaço e no tempo, do que no monocultivo. A associação de plantas é uma técnica que contribui com a melhoria da eficiência do uso da terra e maximiza o uso de recursos ambientais, além de propiciar maior equilíbrio ecológico.

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