17.5 C
Nova Iorque
sábado, novembro 23, 2024
Início Revistas Hortifrúti Cultivo protegido: Aditivos nos filmes plásticos melhoram a eficiência?

Cultivo protegido: Aditivos nos filmes plásticos melhoram a eficiência?

Autores

Rhaiana Oliveira de Aviz
rhaianaoliveiradeaviz@gmail.com
Luana Keslley Nascimento Casais
luana.casais@gmail.com
Engenheiras agrônomas – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Luciana da Silva Borges
Doutora e professora – UFRA, campus Paragominas, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Horticultura da Amazônia (Hortizon) e Núcleo de pesquisa em agroecologia (NEA)
luciana.borges@ufra.edu.br
Fotos: Ginegar Brasil

No cenário agrícola atual, está cada vez mais crescente a prática do cultivo em ambiente protegido, porque possibilita o controle dos fatores abióticos no cultivo, como temperatura, umidade do ar, intensidade de luz e velocidade do vento. Protege, também, de chuvas e granizo, além de possibilitar o cultivo contínuo de determinada cultura, diminuindo a sazonalidade de oferta do produto (Hortifruti Brasil, 2014)

Essa proteção está ligada ao uso de filme plástico, que é um dos principais materiais utilizados nessa prática de cultivo. O material serve tanto de cobertura para casas de vegetação quanto para o solo, e pode ser utilizado em várias etapas de produção, desde a produção de mudas até o cultivo no campo.

Dependendo do tipo de filme plástico empregado, ele pode conter aditivos que atuam de várias formas, melhorando as condições de cultivo. Algumas funções desses aditivos são o bloqueio da radiação ultravioleta (UV), aumento da vida útil do filme plástico e controle da luminosidade do ambiente. Também podem reduzir a incidência de pragas e doenças. Essas qualidades favorecem o desenvolvimento adequado e mantêm a sanidade da cultura (Lonax, 2017).

Aditivos existentes no mercado

No mercado existe uma variedade de filmes plásticos com diferentes aditivos, de acordo com a necessidade do produtor. São eles: aditivos anti-UV, filtros-UV, difusores de luz, aditivos anti-gotejo, refletores de luz, aditivos térmicos, aditivos atérmicos (ou antitérmicos), pigmentos (preto, branco, coloridos), aditivos anti-neblina, anti-poeira e inseticidas (Cobapla, 2018).

No Brasil, o mais utilizado pelos produtores é o filme composto de polietileno de baixa densidade transparente (PEBDt), com aditivos ultravioleta. A transmissividade da radiação solar nesse filme é de 80%. Além disso, os aditivos permitem que o material resista a ação de raios ultravioleta, adquirindo maior durabilidade (HOLCMAN, 2009).

O filme agrícola com aditivo difusor também é bastante utilizado no país, e é composto de materiais que possuem adição de cristais que são distribuídos em todo o filme. Esse filme balanceia a intensidade da luz dentro do ambiente, espalhando a luz por toda a área e distribuindo de maneira uniforme os raios solares (Silva, 2018).

Benefícios ao cultivo protegido

A utilização de filmes plásticos com aditivos interfere diretamente na qualidade e produtividade das plantas, pois são capazes de alterar o ambiente e proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento das culturas.

Em regiões de clima tropical, os aditivos são capazes de controlar a temperatura e intensidade de luz, auxiliando no sucesso do cultivo de hortaliças que são sensíveis às altas temperaturas. Além disso, mantêm a umidade e diminuem a evaporação da água, assim como a necessidade de água da planta. O uso desse material também reduz a incidência de pragas e doenças, reduzindo o uso de defensivos agrícolas e possibilitando a prática do cultivo orgânico (Lonax, 2017).

Manejo

Este conteúdo é restrito a membros do site. Se você é um usuário registrado, por favor faça o login. Novos usuários podem registrar-se abaixo.

- Advertisment -

Artigos Populares

Chegam ao mercado sementes da alface Litorânea

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em...

Alerta: Patógenos de solo na batateira

Autores Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) idalinepessoa@hotmail.com José...

Maçãs: O que você ainda não sabe sobre a atividade

AutoresAike Anneliese Kretzschmar aike.kretzschmar@udesc.br Leo Rufato Engenheiros agrônomos, doutores e professores de Fruticultura - CAV/UDESC

Produção de pellets de última geração

AutorDiretoria Executiva da Brasil Biomassa Pellets Brasil Crédito Luize Hess

Comentários recentes

Este conteúdo é restrito a membros do site. Se você é um usuário registrado, por favor faça o login. Novos usuários podem registrar-se abaixo.