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Dia de Campo Amipa 2018 – Algodão mineiro de qualidade

O evento aconteceu na Fazenda Amipa e contou com a presença de mais de 500 pessoas da cadeia produtiva do algodão

O evento aconteceu no dia 27 de junho, em Patos de Minas, na Fazenda da Amipa, e contou com 525 participantes. O Dia de Campo discutiu a qualidade e sustentabilidade do algodão mineiro, além de perspectivas para o mercado e estratégias de compras de insumos - Crédito Saulo Alves
O evento aconteceu no dia 27 de junho, em Patos de Minas, na Fazenda da Amipa, e contou com 525 participantes. O Dia de Campo discutiu a qualidade e sustentabilidade do algodão mineiro, além de perspectivas para o mercado e estratégias de compras de insumos – Crédito Saulo Alves

No dia 27 de junho aconteceu o tradicionalDia de Campo Amipa, realizado em Patos de Minas (MG). Lício Augusto Pena de Sairre, engenheiro agrônomo e diretor executivo da Amipa, conta que esta foi a oitava ediçãodo evento, mas desta vez em um local inédito – na fazenda comprada pela Associação Mineira dos Produtores de Algodão no final de 2017.

“A Fazenda Amipa fica no distrito deSantana de Patos, a 50 km de Patos de Minas. São 290 hectares de área, dos quais 200 são voltados para o plantio de algodão“, relataLício.

A fazenda foi comprada com o objetivo de fazer pesquisas, experimentação agrícola, aprovação de novos manejos, treinamento e capacitação dos colaboradores que trabalham nas fazendas associadas à Amipa.

Fotos Luize Hess
Fotos Luize Hess

Balanço positivo

A abertura do evento foi feita por Daniel Bruxel, presidente da Amipa. Com público de 525inscritos, o evento superou as expectativas dos organizadores, por ter acontecido em dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo. “Normalmente recebemos em nossos dias de campo cerca de 200 a 350 pessoas, mas esse aumento reflete a credibilidade da Associação, cujos eventos são sempre de alto nível e por isso os produtores se programam para estarem presentes. Há, ainda, a questão de o mercado do algodão estar favorável“, aponta.

Daniel Bruxel, presidente da Amipa - Crédito Luize Hess
Daniel Bruxel, presidente da Amipa – Crédito Luize Hess

Em destaque estavam os campos demonstrativosde algodão. A Amipa plantou 18 variedades de algodão para mostrar aos produtores aquelas que melhor se adaptaram à região do Alto Paranaíba.

Em relação às palestras, os presentes puderam ter informações com: Victor Ikeda,analista do departamento de pesquisa e análise setorial do RabobankBrasil, falando sobre “Perspectivas para o Mercado de Algodão Safra 2018/19 e Estratégias de Compra de Insumos“;com Evaristo Miranda, pesquisador da Embrapa Territoriale doutor em Ecologia, com o tema “Atribuição, Ocupação e Uso de Terras no Brasil ““ Dados do CAR e a Cotonicultura Mineira“;““˜Sistemas Produtivos com a Cultura do Algodão“,com Vanderlei Oishi, consultor da QualityCotton; e “Manejo Moderno de Pragas“, com o professoredoutor em Entomologia Alexandre de Sene.

Para Daniel Bruxel, o sucesso doDia de Campo se deu pela necessidade que os produtores sentem de trocar ideias e buscar por novastecnologiasdisponíveis no mercado.  “Foi um evento proveitoso para todos“.

Fotos Luize Hess
Fotos Luize Hess

Sustentabilidade

O desafio atual da Amipa é fazer um algodão mais sustentável. “O algodão, como qualquer outra cultura, é dependente do uso de defensivos,especialmente para uma praga específica, que é o bicudo-do-algodoeiro,exigindo baterias de pulverização. Portanto, é um grande desafio nosso fazer a cultura do algodão menos dependente e mais sustentável, com testes constantes de novos manejos agronômicos.Temos como meta estruturar essa fazenda, e o primeiro passo será fazer dela um centro de pesquisa e desenvolvimento agronômico, expandir a nossa biofábrica de produtos biológicos, construir uma nova unidade e fortalecer o programa fitossanitário, incluindo toda a parte de manejo e monitoramento de pragas nas propriedades“, detalha Lício Pena.

Fotos Luize Hess
Fotos Luize Hess

Ainda segundo ele, a Amipa pretendeaumentar onúmero de fazendas certificadasno programa ABR ““ Algodão Brasileiro Responsável, que trabalha os três pilares no sistema de produção: ambiental, social e econômico, eque atualmente está integradoem60% das propriedades mineiras. “Buscaremos um número próximo de 80%. Ainda, colocaremos as algodoeiras que estão surgindo dentro do nosso programa “˜Algodoeira Segura’, que propõe aos empreendimentos ações para minimização de riscos no setor de segurança do trabalho.Para isso, fazemoso diagnósticoe instalamos as placas de sinalização para auxiliar o empreendimento a minimizar os problemas de acidente de trabalho dentro das algodoeiras“, detalha.

Fotos Luize Hess
Fotos Luize Hess

Por fim, uma metamuito importante para o mercado: exportar 30% da produção dos associados da Amipa, ano a ano -índice que atualmente está em 25%- enquanto o restante fica no mercado interno mineiro devido à força do Proalminas. “Nossa expectativa para a próxima safra é saltar de 43 mil para 53 mil toneladas,e exportar 30% desse total, aproveitando a excelente qualidade da pluma produzida em Minas Gerais e mantendo portas abertas no mercado global“, calcula Lício Pena.

 

Fotos Luize Hess
Fotos Luize Hess

Área

Na safra 2016/17 os produtores filiados àAmipa plantaram 15.900 hectares de algodão e na atual safra 2017/18 são25.250 hectares. No próximo ano a meta é chegar a mais de 30.000 hectares. Isso porque a área mineiraestá crescendo acima da média nacional (12%).

Daniel Bruxel, que também éprodutor de algodão, soja, milho e café, tem boas perspectivas.“Minas Gerais vai ter um aumento de áreae de produção na safra 2018/19 e a Amipa, como instituição, sempre esteve à frente do seu tempo. Em minha gestão teremos algumas ações novas, mas na prática sempreserá a continuidade daquilo que já vinha sendo feito, ou seja, o fortalecimento do nosso associado e do algodão mineiro“, declara Daniel.

Fotos Luize Hess
Fotos Luize Hess

Essa matéria você encontra na edição de agosto de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar.

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