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Doenças de viveiros – Alerta para os produtores de mudas

 

Celso Auer

Álvaro Figueredo dos Santos

Pesquisadores da Embrapa Florestas

Crédito Viveiro Pavão
Crédito Viveiro Pavão

Botrytis e bacterioses lideram a lista de preocupação dos produtores de mudas de eucalipto. A primeira praga pode possibilitar o controle químico, mas a segunda leva, muitas vezes, à eliminação total das plantas, exigindo o replantio. Nesse momento, o ideal é saber exatamente a decisão a ser tomada, e fazê-la de forma consciente e eficaz.

Doenças mais comuns em viveiros de mudas

As doenças em viveiros de eucalipto podem ser subdivididas de acordo com o tipo de sistema de produção de mudas: seminal (por sementes) e clonal (miniestaquia). Em mudas seminais, as doenças encontradas são o tombamento de mudas causado por vários fungos de solo, o mofo cinzento causado por Botrytiscinerea, o oídio causado por Oidiumeucalypti, a ferrugem causada por Pucciniapsidii, as manchas foliares causadas por Cylindrocladium e Kirramyces, as queimas foliares causadas pelo fungo Rhizoctoniasolani e as bactérias Xanthomonasaxonopodis e Erwiniapsidii.

Em mudas clonais, podem ser constatadas as mesmas doenças das mudas seminais,à exceção do tombamento de mudas e da ocorrência de podridão de miniestacas, causada por Botrytiscinerea e Cylindrocladium.

Prejuízos

O prejuízo mais expressivo causado por essas doenças é a mortalidade de mudas. Outro tipo de prejuízo é a perda de qualidade da muda para comercialização e plantio em consequência do ataque dos patógenos causadores de doenças (fungos e bactérias).

Condições propícias para o ataque

A presença de inóculo dos patógenos no viveiro, a existência de espécies de eucalipto suscetíveis às doenças e as condições ambientais favoráveis, especialmente temperaturas elevadas e excesso de umidade, são condições perfeitas para o ataque de doenças aos viveiros.

Prevenção

Como medidas preventivas, são recomendados: substratos esterilizados para a semeadura e a produção de mudas seminais ou clonais; água de irrigação obtida de fonte livre de contaminação de patógenos (como, por exemplo, poços artesianos); tubetes e recipientes para mudas limpos e desinfestados; estufas e telados que estejam sem contaminação de fungos; e o monitoramento da sanidade das mudas e descarte de material doente.

Controle químico

O controle químico deve ser empregado somente em casos em que as medidas preventivas não conseguiram deter o ataque dos patógenos e o surgimento de doenças. Em primeiro lugar, a doença deve ser devidamente identificada para que seja empregado o produto químico correto. Em segundo lugar, deve-se verificar se existem produtos químicos registrados no MAPA para o controle da doença.

Manejo

Para realizar a aplicação de produtos químicos, o operador deve ser treinado e usar os EPI’s recomendados para aquele tipo de operação. O produto químico registrado deve ser aplicado na dosagem e intervalo recomendados pelo fabricante.

A erradicação de mudas doentes é indicada quando não existem medidas de controle eficientes.

Entretanto, a decisão de manejo deve ser tomada com base nos danos causados. O controle deve ser aplicado para que o prejuízo econômico seja o menor possível ao viveirista, incluindo os seus custos (produto, mão de obra, tempo de aplicações, descarte de mudas mortas ou doentes, etc.).

Essa matéria você encontra na edição de setembro /outubro 2016  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua.

 

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